Segundo as ideias do historiador Antônio Barbosa, apesar dos movimentos populares no Brasil em busca da independência, o país nasceu sob o símbolo excludente. Visto isso, não era possível imaginar que há 200 anos, o Brasil iria testemunhar uma grande transformação na história da democracia brasileira, com a criação do Senado Imperial. No entanto, ao mesmo tempo que o senado tem desempenhado um papel crucial na estabilidade política e na representação dos interesses do estado na legislação, o mesmo, enfrenta diversos desafios, como o futuro da democracia.
Atualmente, o Senado Brasileiro, ao longo dos seus 200 anos tem sido um palco de grandes debates, decisões e representação política. Desde a época do império até o período da república, o Congresso foi dado como uma instituição que testemunhou mudanças significativas na estrutura e dinâmica do poder. Todavia, atualmente, novos desafios surgem, como a necessidade de aprimorar a representatividade, assegurando que as vozes de todos os segmentos da população sejam representadas nas decisões tomadas, ameaçando a estabilidade democrática, em que, o mesmo, deve atuar.
O crescimento das relações de ódio e a grande "pequenez intelectual" estão prejudicando o processo intelectual no país. Conforme o médico Tião Viana, o senado é importante e necessário para o futuro da democracia no Brasil. Porém, no dia 8 de janeiro de 2023 foi visto no país, um momento de disrupção que fez os brasileiros mergulharem em uma onda de ódio com ataques de vândalos ao patrimônio público em Brasília. Um dos caminhos que devem ser enxergados para a recuperação da coesão e tolerância que tradicionalmente caracterizam a sociedade brasileira é a educação.
Portanto, como o Senado celebra seu bicentenário, é importante citar que o futuro da democracia brasileira depende da capacidade dos representantes e de enfrentar os desafios contemporâneos. Em uma sociedade cada vez mais diversificada, é importante que os representantes reflitam sobre as perspectivas presentes nos mesmos. O Senado deve procurar formas de incluir a participação de indivíduos menos representados, como negros, mulheres, LGBT'S e indígenas. Assim, para a democracia brasileira ser um farol de justiça, igualdade e com mais participações de grupos excluídos na população.