Após a vinda de Portugal ao Brasil, fortes influências artísticas foram deixadas como legado de colonização, ainda assim, no final do século XIX a arte foi transformada, apropriandose de elementos e características naturais do país, e com a criação do Movimento da Semana de Arte Moderna em 1 922, ela passa a ser utilizada como um instrumento de combate e resistência, principalmente para pessoas vistas como minoria.
Desde a Ditadura Militar é possível acompanhar o crescimento do movimento artístico como fonte de conhecimento e poder, a partir disso, a população brasileira passa a ressignificar a arte, deixando de ser algo unicamente usado para o lazer, passando a ser uma forma de expressão de identidade, representatividade e perpetuação de cultura dos povos pretos e originários, influenciando desta forma a vida de crianças e jovens nascidas em periferias, visando propagar a aceitação dos mesmos e reeducar a sociedade a enxergá-los como cidadãos, tais quais, pessoas brancas.
O Tropicalismo é um otimo exemplo de como a arte pode ser usada como "divisor de águas". A crítica à desigualdade social sempre fez parte desse movimento e apesar de ter ascensão em meio a Atos Inconstitucionais que censuravam qualquer mínimo discurso contra o governo, eles conseguiram fazer uma revolução e acentuar os problemas sociorraciais ignorados propositalmente por governantes da época. Artistas como: Chico Buarque, Gilberto Gil e Rita Lee, são lembrados até hoje por mostrarem a importância da arte em lutas de causas sociais e que a repressão sofrida pode ser transformada em algo além de dor.
Sendo assim, é imprescindível que o Ministério da Cultura, intervenha redobrando a implementação de projetos e o investimento em organizações artísticas como a Flica, o Flipelô, Neojiba, Olodum e alguns outros.
Ademais, o Ministério de Educação deve apresentar uma grade curricular que valorize artes tanto quanto outras disciplinas, para que sejam abordado desde cedo a relevância da mesma para sociedade.