A Constituição Federal, promulgada em 1988, garante a todos os cidadãos o direito à saúde. Entretanto, na prática, essa garantia é deturpada, visto que a busca pelo corpo perfeito ainda é uma realidade em nossa nação. Desse modo, tal cenário alarmante ocorre tanto pela negligência governamental, como também a falta de debates sobre essa perspectiva.
Diante do exposto, é notório pontuar que o estigma deriva da baixa atuação dos setores governamentais, no que concerne à criação de mecanismo que extenue a procura do físico ideal. Segundo o pensador Thomas Hobbes, o Estado é responsável por garantir o bem-estar a população. Contudo, isso não é feito devido à ausência do exercício estatal, fazendo com que as pessoas fiquem vulneráveis a informações exacerbadas que corroboram em transtornos psicológicos como a Anorexia. Logo, é fundamental a reformulação dessa postura do poder publico em relação a essa prerrogativa.
Ademais, é imperativo ressaltar que a omissão de discussões acerca de reflexões sobre a saúde e padrões sociais impulsiona o esteriótipo de uma estatura padrão e a comparação física. Por esse viés, em consonância com o filósofo alemão Jurgen Habermas "a linguagem é uma verdadeira forma de ação". Com isso, para que doenças como a Depressão sejam solucionadas, faz-se necessário debater sobre a aceitação física e mental. Assim, trazer a pauta busca pelo corpo perfeito e reflexões sobre saúde e padrões sociais e debatê-la amplamente, aumentará a possibilidade de atuação nessa massa.
Portanto, é essencial as discussões acerca da idealização de um corpo sem defeitos. Nesse ínterim, cabe ao ministério da saúde, com o dever de incentivar a autoaceitação pessoal, realizar campanhas de conscientização por meio de palestras em parceria com as instituições educacionais, com o objetivo de reduzir a situação problemática. Por fim, quiçá a população poderá viver igualmente em conforme a Constituição Brasileira.