A Felicidade no Trabalho Ético
Nas sociedades contemporâneas, o suprimento das necessidades pessoais e coletivas depende do produto do traballo humano. As pessoas nem sempre excercem a profissão, o ofício ou a atividade empresarial que acreditam desejar. No entanto, a execução adequada de qualquer trabalho, além de questão ética, promove a qualidade de vida da própria pessoa.
A comutatividade da relação de trabalho deve ser respeitada. Não é crível supor uma existencia feliz naquele naquele que lesa outro ser humano na legítima confiança de que participa de troca justa. Portanto, o ser ético sempre priorizará o cumprimento de suas obrigações contratuais no mercado de trabalho independentemente de seus juízos pessoais.
Por outro lado, a despeito de a pessoa considerar que vive de modo servil perante seus contratantes no universo do trabalho, fatos sociais e históricos comprovam que através do trabalho dedicado é possivel promover a cidadania e, por conseguinte, a dignidade humana. Os movimentos operarários protagonizados pelos imigrantes no interior do país, especialmente nas regiões produtoras de cafe, durante a República Velha, são exemplos marcantes disso.
Dessa forma, antes das refexões sobre a existência de um trabalho ideal que melhor atenda as qualidades vocacionais da pessoa, deve-se colocar em pauta o ideal de trabalho entregue, materializado, produzido. A cidadania, a dignidade e a felicidade advêm da forma como qualquer trabalho deve ser feito, e não de qual se acredita merecer promoção.