O filme "até a última gota", narra a história de uma mãe solo que é levada aos seus limites por conta das dificuldades financeiras. Na obra, Janiyah, uma mãe que se encontra desesperada para custar o tratamento médico de sua filha doente, faz reféns em um banco para conseguir dinheiro. De maneira análoga a história, a cultura do abandono paterno e a sobrecarga das mães solos no Brasil, é uma questão que diz a respeito a exclusão da parcela socialmente vulnerável da sociedade. Assim é lícito afirmar que a postura do estado em relação ao abandono paterno e a negligência por parte do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social com as matriarcas contribuem para a perpetuação desse cenário negativo.
Nessa perspectiva evidencia-se por parte do Estado a ausência de políticas públicas e suficientemente efetivas para democratizar os direitos das mães solteiras no país. Essa lógica é comprovada pelo papel passivo que o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social exerce no Brasil. Instituido que execute políticas públicas voltadas para a proteção social, inclusão produtiva, e segurança alimentar, tal Ministério ignora ações que poderiam potencialmente fermentar matriarcas pouco privilegiadas á um mundo mais fácil para elas e suas famílias, como por exemplo um projeto de lei que garantam auxílio permanente para essas mulheres. DEsse modo o governo atua como agente perpetuador no processo da inclusão nas mulheres na sociedade. Logo é substancial essas mudanças promovidas pelo Estado.
É necessário, portanto, que medidas sejam tomadas para facilitar a vivência dessas mulheres dentro do país. Posto isso, o Ministério de Sesenvolvimento e Assistência Social deve por meio de um amplo debate entre, o estado, a sociedade civil e profissionais da área, lançarem um projeto que ajude a essas mães financeiramente vulneráveis, a fim de fazer com que o maior número de pessoas passam a ser orientadas sobre a sua causa. Dessa maneira a situação vivenciada em "Até a última gota" poderá já não ser mais visualizada na realidade de mais brasileiras.