O nascimento do “cinema novo”, dirigido por Glauber Rocha, simbolizou o cinema como ambiente de crítica social e de oportunidade entre arte e o povo. Contudo, ainda hoje, não existe a democratização do acesso ao cinema, um forte problema social, na medida em que a desigualdade regional e social no Brasil impede que todos usufruam igualmente desse meio de comunicação e fruição artística.

Em 1975, o Brasil teve um parque exibidor vigoroso e democratizado, com uma taxa de 80% em cidades do interior. Contudo, hoje, no dia a dia brasileiro, o cinema se encontra bem longe dessa realidade, refletido na popularidade baixa vinda de regiões capitalizadas e menos desenvolvidas que sofrem, além disso, o aumento do preço dos ingressos, dificultando o acesso da população menos favorecida ao ambiente artístico.

Festivais como o de Gramado contribuem para a difusão do cinema brasileiro e valorizam produções fora do circuito comercial. Por outro lado, o mercado cinematográfico tem sido tomado por produções estrangeiras, o que acaba enfraquecendo as criações nacionais, levando o público a não se identificar e, então, associando o cinema brasileiro à baixa qualidade e valor.

Nesse caso, cabe ao governo e aos políticos públicos fomentarem para romper com esse ciclo de exclusão e desigualdade, como campanhas de acesso ao cinema para pessoas de baixa renda. Além de valorizar os cinemas escolares e educacionais, festivais e atividades públicas para a valorização das produções brasileiras, atividades e festivais com produções próprias de filmes ou curta-metragens, levando isso para mais pessoas assistirem essa forma de arte incrível.