O filme "As Sufragistas" retrata a luta das mulheres pela igualdade de gênero e o direito ao voto no país durante o século XX. No entanto, no cenário atual brasileiro, em que a vida de milhares de mulheres são afetadas pela desigualdade de gênero no mercado de trabalho e na política, a luta pela igualdade segue presente. Nessa perspectiva, é essencial uma discussão acerca do tema.
Em primeira análise, é válido destacar que o machismo estrutural presente na sociedade prejudica o combate a problemática. Segundo o paradoxo de Freud, um indivíduo machista que via o homem como centro do avanço social posiciona a mulher como coadjuvante. Dessa forma, a ideia de que o homem é superior afeta diretamente os direitos das mulheres e sua qualidade de vida, visto que esse pré conceito tira oportunidades e rebaixa o gênero feminino.
Outrossim, é notório que o legado patriarcal fortalece erroneamente o estereótipo de que a mulher é frágil ou fraca quando comparada ao sexo masculino. De acordo com o livro "Sejamos todas feministas", a mulher é considerada incapaz quando não possui um marido ou homem ao seu lado, não sendo respeitada. Nesse viés, é evidente que essa discriminação é apenas baseada no sendo comum e reforça o abismo entre os gêneros, uma vez que contribui para que os homens sejam mais beneficiados.
Portanto, é essencial que as instituições de ensino desenvolvam projetos em sala de aula que desfaçam visões machistas desde a infância e promovam a igualdade entre os sexos, através de brincadeiras e atividades. Ademais, é dever do Estado juntamente com as redes sociais promover, por meio de publicidades e programas, o empoderamento feminino e a importância da igualdade de condições. Dessa maneira, será possível erradicar a desigualdade de gênero.