O filme ''Amazônia'', de 2013, retrata as experiências de um macaco capuchinho em uma jornada através da floresta amazônica, destacando a sua beleza e a diversidade da região. Fora da ficção, é notável a extrema importância da conscientização ambiental contra o desmatamento na Amazônia para que ela seja totalmente preservada e possa evidenciar suas contribuições para o mundo. Logo, faz-se mister discutir como as falhas na educação ambiental e o anacronismo legislativo contribuem para a manutenção desse processo.

A princípio, é crucial destacar como as lacunas educacionais influem nesse cenário. Sob esse viés, a máxima pregada pelo filósofo alemão Immanuel Kant -que exalava o poderio da educação no aperfeiçoamento da humanidade- ganha intensa necessidade, haja vista o despreparo da sociedade para a conservação e a preservação do meio ambiente. Por essa perspectiva, é possível salientar que isso se deve porque a maioria das instituições de ensino possuem espaço limitado destinado a conscientização sobre essas áreas, em professores especializados e, também, pouco investimento em sustentabilidade ambiental, por exemplo. Dessa forma, em virtude desses empecilhos, há o distanciamento dos cidadãos em relação as suas responsabilidades socioambientais, levando a destruição da natureza.

É fundamental pontuar, também, como a omissão governamental influência nesse contexto. Sob essa óptica, para o jurista brasileiro Flávio Tartuce, a existência de legislações anacrônicas compromete a harmonia social. A partir disso, pode-se observar que as falhas nas fiscalizações da Lei de Crimes Ambientais confirmam esse raciocínio, uma vez que o Estado determina, na maior parte dos casos, penas leves a quem pratica infrações como desmatamento ilegal e as queimadas, por exemplo. Dessa maneira, a degradação da floresta amazônica, bem como a perda da biodiversidade são intensificadas, colocando em xeque o equilíbrio ecológico.

Urge, portanto, a tomada de medidas para reverter essa situação. Desse modo, cabe ao Ministério do Meio Ambiente, órgão responsável pelas normas ambientais, por meio da promoção de ações que visem efetivar as políticas públicas voltadas ao meio ambiente, exigir do Governo Federal maior investimento nas aplicações e fiscalizações das leis, a fim de mitigar os efeitos causados ao território amazônico. Ademais, incube às escolas realizar atividades, aulas de campo e palestras em prol da importância da consciência ambiental para seus alunos, com intuito de que eles tenham entendimento sobre a relevância de suas ações na natureza. Assim, toda a nação brasiliense irá engrandecer e destacar a beleza e a diversidade da Amazônia, como na obra fictícia.