Conforme o filósofo Immanuel Kant, o homem não é nada além daquilo que a educação faz dele. De fato, a educação é de extrema importância para a construção da identidade nacional; contudo, nem todos têm acesso a tal privilégio. Nesse sentido, a transmissão de valores, conhecimentos e habilidades é dificultada, pois sem uma base educacional sólida, os indivíduos podem ter dificuldade em compreender e refletir sobre conceitos complexos. Logo, pode haver tanto ausência de conhecimento quanto desigualdade na aprendizagem dos cidadãos.
A privação de informações para algumas pessoas compromete a formação da identidade nacional. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil, 9,8 milhões de jovens, de 15 a 29 anos, ou 19,9% da população dessa faixa etária, não concluíram a educação básica. Assim, essa falta de fundamento contribui para o aumento de problemas urbanos, como crimes, violência, tráfico, uso de drogas, alcoolismo e gravidez precoce. Desse modo, o caráter da nação é prejudicado pela ausência de ensino, que limita as oportunidades de emprego e desenvolvimento econômico para indivíduos, perpetuando ciclos de pobreza e desigualdade.
Ademais, a assimetria no acesso ao conhecimento é um grave problema para a grande maioria dos estudantes e cidadãos. No filme "Escritores da Liberdade", uma jovem professora começa a lecionar em uma escola de um bairro pobre, marcado pela agressão e preconceitos raciais. Ela consegue convencer os jovens de que o pré-julgamento pode transcender barreiras e atingir pessoas com base na cor da pele, origem étnica, religião ou classe social. É perceptível que muitos estudantes enfrentam essa triste realidade nas escolas do Brasil, que com a falta de acesso a uma educação excelente pode aumentar o risco de comportamentos desviantes, como envolvimento em crimes e violência.
Portanto, a falta de uma educação de qualidade no Brasil deve-se à carência de recursos e à diversidade nas oportunidades de aprendizado. Diante disso, é responsabilidade do poder executivo, em especial o Ministério da Educação, apoiar as famílias na tomada de decisões sobre a educação dos filhos, bem como oferecer aulas de reforço para aqueles que necessitam. Além disso, parcerias com instituições privadas e ONGs podem ser uma forma eficaz de complementar essas ações e alcançar mais estudantes. Essas medidas visam incentivar e melhorar o desempenho dos alunos nas escolas, a fim de que o ensino brasileiro se aproxime dos padrões ideais de qualidade educacional