De acordo com Joseph Addison, a leitura é para o intelecto o que o exercício é para o corpo. Tal contestação conduz à inferência de que, tal qual o exercício, a leitura deve ser um hábito na vida do ser humano, pois ela é fundamental para seu desenvolvimento. Contudo, apesar de dotada de inúmeros benefícios a leitura, no Brasil, não é um hábito amplamente cultivado. Para que tal realidade seja modificada é crucial falar sobre a importância da leitura e incentivar sua prática.

Neste contexto, é interessante destacar alguns dos benefícios alcançados pela leitura. Por meio dela há o estímulo do raciocínio, o desenvolvimento do vocabulário, a expansão da imaginação e o aumento do conhecimento sobre assuntos variados. Além disso, ler aumenta a capacidade interpretativa e auxilia no desenvolvimento de senso crítico. Ou seja, ter o hábito da leitura, além de fornecer o acesso à informação, ajuda no desenvolvimento cognitivo do ser humano, preparando-o para ser uma pessoa que faz uso da racionalidade e inteligência para participar da sociedade e das decisões diárias.

Ademais, para além dos benefícios intelectuais advindos da leitura, há também o prazer relacionado à atividade. Como afirmava Voltaire, a leitura engrandece a alma, ou seja, ler um bom livro não só desenvolverá habilidades cognitivas como também será uma fonte de prazer agradável ao íntimo do leitor.

Entretanto, apesar de seus benefícios a leitura não faz parte do dia a dia brasileiro como deveria. No Brasil, lê-se em média aproximadamente um livro por mês, e gasta-se em média aproximadamente cinco horas por semana com leitura. Em contrapartida, a população brasileira passa em média aproximadamente quatro dias por semana totalmente conectada à internet, isto é, noventa e seis horas semanais. Esta discrepância pode ser explicada pelo fato de que o mecanismo das redes sociais está voltado a fornecer prazer instantâneo, em poucos segundos, causando certa dependência no usuário, enquanto o prazer fornecido pela leitura é construído ao longo do processo da leitura, sendo degustado aos poucos.

Dessa forma, pode-se concluir que apesar de cientes dos benefícios da leitura as pessoas optam por não incluir tal prática em suas rotinas. Para modificar este cenário faz-se necessário que a população se conscientize e opte por investir mais na leitura e menos em redes sociais. Estando consciente parcela da população mais facilitada será a adesão a programas educacionais que incentivem a leitura em creches e escolas do país. Quanto àqueles que não conhecem os benefícios da leitura, seja por ignorância ou por serem não alfabetizados, cabe ao poder público promover ações que alcancem esses indivíduos para que também eles tenham acesso à informação e aos amplos benefícios proveniente do hábito da leitura.




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