A memória nacional é importante pois ajuda na construção da identidade de um povo. Através dela, passamos a compreender nossa história. De acordo com o filósofo irlandês do século XIX, Edmund Burke, "um povo que não conhece sua história está fadado a repeti-la." No entanto, sua preservação enfrenta dificuldades, ameaçando o entendimento sobre nossas origens.

Um dos maiores obstáculos para a preservação da memória nacional é o descaso do poder público com o patrimônio histórico, por exemplo, o incêndio do Museu Nacional, que ocorreu por falta de manutenção adequada e investimentos. Essa tragédia levou à perda de 90% do acervo de itens históricos e científicos mantidos pelo museu, evidenciando como a negligência estatal pode causar perdas irreversíveis, e, indiretamente, dificultar o acesso das futuras gerações a um pedaço de sua identidade.

Além disso, o abandono da memória nacional é uma forma de apagar grupos historicamente marginalizados. Povos indígenas e afrodescendentes têm suas histórias pouco valorizadas ou até mesmo ignoradas em registros oficiais. Isso faz com que parte da história do país seja apagada e impede que a variedade cultural brasileira seja reconhecida como uma peça fundamental da identidade nacional.

Portanto, é dever do Governo Federal desenvolver políticas públicas visando a preservação de centros históricos e proteger a memória de grupos marginalizados. Ademais, o Ministério da Educação deve reformular o currículo escolar, incluindo conteúdos mais aprofundados sobre a história e a cultura do país, com o objetivo de despertar nos estudantes o interesse pelas origens nacionais e fortalecer o senso de pertencimento.