Na contemporaneidade, a saúde mental tem se tornado uma questão cada vez mais debatida na sociedade brasileira. Esse cenário decorre da pressão por produtividade e da falta de acesso a cuidados psicológicos adequados, o que compromete o bem-estar e as relações humanas. Diante dessa realidade, é fundamental compreender as origens desse problema e buscar medidas que promovam o equilíbrio emocional da população.
Em primeiro lugar, a cultura da produtividade excessiva é um dos principais fatores que afetam a saúde mental. Isso acontece porque muitas pessoas se sentem obrigadas a demonstrar sucesso constante, reprimindo emoções e negligenciando o descanso. De acordo com o filósofo Byung-Chul Han, na “sociedade do desempenho”, o indivíduo se explora em busca de resultados e acaba adoecendo psicologicamente. Desse modo, é possível perceber que o excesso de cobrança social e profissional contribui para o aumento dos casos de ansiedade e depressão.
Além disso, a falta de políticas públicas eficazes agrava o quadro de sofrimento psíquico. Isso se deve à escassez de investimentos em centros de atendimento psicológico e à desvalorização do cuidado emocional. Um exemplo simbólico dessa realidade é a personagem Heleninha Roitman, da novela Vale Tudo, que enfrentava o alcoolismo como reflexo de seus conflitos internos e da ausência de apoio emocional. Sua trajetória revela como a negligência à saúde mental pode levar à autodestruição e à exclusão social. Assim, evidencia-se que o cuidado psicológico deve ser visto como prioridade, e não como tabu.
Portanto, para garantir o fortalecimento da saúde mental na sociedade brasileira, é necessário que o Ministério da Saúde amplie os investimentos em centros de atendimento psicológico gratuito, por meio de parcerias com universidades e profissionais especializados, com o objetivo de oferecer acompanhamento emocional acessível à população. Além disso, a mídia deve promover campanhas que combatam o estigma em torno das doenças mentais. Assim, será possível construir uma sociedade mais empática, saudável e consciente da importância do equilíbrio emocional.