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Por d3senheira
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#111611
Em "construção", Chico Buarque canta o exaustivo dia de um trabalhador da construção civil. Não obstante, tal questão transcende a arte e mostra-se presente na realidade de milhões de brasileiros em funções diversas, sua exaustão e a precarização das dinâmicas trabalhistas. Embora bons salários tenham sido por muito tempo o maior símbolo da valorização do trabalhador, na contemporaneidade, a qualidade de vida pode ser tão valiosa quanto uma boa remuneração.
Apesar da máxima "O trabalho dignifica o homem" de Max Weber, é imprescindível que, primeiramente, haja dignidade para trabalhar, sobretudo com qualidade. É válido ressaltar que a satisfação do trabalhador se manifesta de forma direta no desempenho de suas funções laborais. Bons salários, segurança e perspectivas de crescimento motivam o colaborador.
Além disso, questões relativas ao bem-estar do funcionário também devem ser vistas com atenção. Jornadas de trabalho mais flexíveis, sistemas de benefícios e bons relacionamentos no ambiente de trabalho impactam na autonomia e longevidade do trabalhador dentro e fora da empresa, pois asseguram sua integridade física e mental em um cenário de crescente adoecimento psicológico, além de acarretar em melhor desempenho das funções. Para o filósofo Byung Chu-Han, em uma sociedade do cansaço, estamos sempre fadados a falhar.
Isto posto, faz-se necessária a tomada de medidas capazes de sanar as problemáticas abordadas. Assim, visando um melhor desempenho de suas equipes e qualidade de seus serviços, cabe às empresas a elaboração de instrumentos que possam diagnosticar possíveis insatisfações e problemas, bem como estratégias de valorização e fortalecimento de equipes.
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