- 26 Out 2023, 22:41
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No livro "Ensaio sobre a cegueira", de José Saramago, o autor faz uma reflexão acerca da "cegueira branca", termo utilizado para referir-se a sociedade que finge não enxergar as desigualdades sociais em seu meio. Para além da ficção, essa é a realidade atual brasileira, devido ao crescente número de pessoas sem abrigo no país. Assim, faz-se necessário entender o porquê da perpetuação da invisibilidade social sob os cidadãos em situação de rua no Brasil e como combatê-la.
Diante disso, é possível observar o escasso interesse político em mitigar a população em situação de rua, bem como em proteger a mesma. Isso acontece porque, segundo a importante antropóloga brasileira - Lilia Schwarcz - há, na gestão do Estado, o patrimonialismo, que é a cultura de comandar o país como um patrimônio privado. Dessa maneira, é priorizado o desejo pessoal dos governantes, à medida que, incontestavelmente, a necessidade da população é negligenciada. Com isso, é preciso que haja políticas públicas que busquem atender as demandas desses grupos vulneráveis.
Ademais, a imagem marginalizada imposta às pessoas em questão vai de encontro à solução da problemática, pois para se instalar a igualdade social é essencial conhecer quem se espera atingir. Sob essa ótica, na obra “A vida que ninguém vê", da jornalista Eliane Brum, é registrado histórias de pessoas em condição de rua, visando reconhecer o extraordinário. Ainda segundo a escritora, esse grupo deve ser visto como agentes ativos para a criação de políticas públicas que os incluam, promovendo uma justiça social que, infelizmente, não existe. Dessa maneira, fica evidente a negligência estatal em promover a integração dessas comunidades, combatendo a desigualdade social na nação.
Portanto, são essenciais medidas operantes para a reversão da invisibilidade social de pessoas em situação de rua na sociedade brasileira. Para isso, compete ao Poder Executivo, mais especificamente ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, investir na criação de centros públicos que acolham esse grupo. Isso deve ser feito por meio de recursos autorizados pelo Tribunal de Contas da União - órgão que opera feitos públicos - com o fito de potencializar a reintegração desses indivíduos à sociedade, garantindo o exercício de sua cidadania. Assim, o intuito dessa medida é curar o Brasil da “cegueira branca”, criticada por Saramago.
Diante disso, é possível observar o escasso interesse político em mitigar a população em situação de rua, bem como em proteger a mesma. Isso acontece porque, segundo a importante antropóloga brasileira - Lilia Schwarcz - há, na gestão do Estado, o patrimonialismo, que é a cultura de comandar o país como um patrimônio privado. Dessa maneira, é priorizado o desejo pessoal dos governantes, à medida que, incontestavelmente, a necessidade da população é negligenciada. Com isso, é preciso que haja políticas públicas que busquem atender as demandas desses grupos vulneráveis.
Ademais, a imagem marginalizada imposta às pessoas em questão vai de encontro à solução da problemática, pois para se instalar a igualdade social é essencial conhecer quem se espera atingir. Sob essa ótica, na obra “A vida que ninguém vê", da jornalista Eliane Brum, é registrado histórias de pessoas em condição de rua, visando reconhecer o extraordinário. Ainda segundo a escritora, esse grupo deve ser visto como agentes ativos para a criação de políticas públicas que os incluam, promovendo uma justiça social que, infelizmente, não existe. Dessa maneira, fica evidente a negligência estatal em promover a integração dessas comunidades, combatendo a desigualdade social na nação.
Portanto, são essenciais medidas operantes para a reversão da invisibilidade social de pessoas em situação de rua na sociedade brasileira. Para isso, compete ao Poder Executivo, mais especificamente ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, investir na criação de centros públicos que acolham esse grupo. Isso deve ser feito por meio de recursos autorizados pelo Tribunal de Contas da União - órgão que opera feitos públicos - com o fito de potencializar a reintegração desses indivíduos à sociedade, garantindo o exercício de sua cidadania. Assim, o intuito dessa medida é curar o Brasil da “cegueira branca”, criticada por Saramago.