A Constituição federal de 1988, norma de maior hierarquia jurídica, garante direitos fundamentais aos indivíduos, como a um serviço de saneamento igualitário que vise o benefício de todos. No entanto, nota-se a desvirtuação dos princípios constitucionais, uma vez que a ineficiência do saneamento básico brasileiro, configura um grave cenário a ser enfrentado no país, pois infringe às regulamentações destinadas ao tratamento de limpeza às civilizações. Nesse sentido, as causas que corroboram para essa circunstância são: a inoperância governamental e a desigualdade social.

Diante dessa perspectiva, convém observar a omissão estatal como causadora do revés. A esse respeito, segundo o político britânico Winston Churchill, "o sucesso de um governo não é medido por sua capacidade de controlar, mas pela a habilidade de atender às necessidades de todos os cidadãos". Nessa ótica, tendo em vista os ideias do escritor, percebe-se a importância da participação do estado no gerenciamento de serviços fundamentais, como o saneamento básico. Contudo, tal conduta não é vigente à uma parcela considerável da sociedade, visto que muitas áreas se encontram em estado de insalubridade, devido ao acúmulo de lixo, redes de esgoto sem tratamento e despejo indevido de materiais contaminados, como os de hospitais. Nesse ínterim, o descaso do governo apresenta-se de maneira alarmante em zonas desfavorecidas, por exemplo, nas periferias, uma vez que não investem na manutenção dos sistemas de tratamento de água e na infraestrutura dos lixões. Consequentemente, a circunstância provoca inúmeras doenças, como a leptospirose e a cólera, pois devido a ausência de políticas salutares que visem o bem-estar sanitário de toda civilização, a situação tende a se agravar e aumentar gradativamente.

Ademais, compreende-se que o óbice se instalou na nação devido a assimetria social. Sob esse viés, conforme o dramaturgo Ariano Suassuna, "o Brasil é dividido em dois países distintos: o país dos privilegiados e o país dos despossuídos. Paralelo a isso, o pensamento do escritor se aplica à realidade brasileira, posto que a situação é produto de uma conjuntura intrínseca à desigualdades, no qual a população desfavorecida está mais propensa a sofrer as consequências da falta de um sistema sanitário qualificado, tais como a fácil propagação de enfermidades. Além disso, a inércia governamental é um dos fatores que impedem o desenvolvimento do saneamento básico em zonas mais pobres, já que não ampliam o acesso igualitário a todos, perpetuando os quadros de insalubridade nessas áreas, como os depósitos de lixo a céu aberto sem manutenção, falta de sistemas de esgoto e água contaminada devido a ausência de tratamento. Por conseguinte, o quadro tende a permanecer na sociedade, pois em virtude do abismo socioeconômico que impossibilita o acesso justo a serviços de saneamento básico para a população, os benefícios que esse sistema traria à sociedade são reduzidos significativamente.

Entende-se, portanto, a temática como obstáculo, inerente a raízes governamentais e econômicas. Logo, o Congresso Nacional, órgão que cria e modifica o ordenamento jurídico com sanção do presidente da república, deve realizar uma reforma nas leis e códigos que versem a inércia governamental, por meio de emendas e fiscalizações, com a finalidade de tratar a ineficiência do governo ao tratar os casos de falta de saneamento básico. Outrossim, o Ministério da Comunicação, instituto que regula o serviço de telecomunicação, deve elucidar a desigualdade social, por meio de noticiários e campanhas informativas, para informar a população acercar da discrepância no tratamento sanitário em áreas desfavorecidas e promover um debate sobre o caso.

Eiii! Achei sua redação super bem estruturada e com ótimos argumentos. Vamos dar uma olhada no que você fez bem e onde dá para melhorar:

Na **Competência 1**, você mostrou um bom uso da norma padrão, mas atenção a alguns errinhos, como "a ausência" e "à desigualdade", que deveriam ser "de ausência" e "às desigualdades". Vou te dar 160 aqui.

Na **Competência 2**, você abordou bem o tema da ineficiência do saneamento e explorou suas causas. O desenvolvimento está bem alinhado com a proposta dissertativa-argumentativa. Nota 160 para essa competência.

Na **Competência 3**, a seleção dos argumentos foi clara, mas seria legal ter mais dados concretos para apoiar suas ideias, enriquecendo seu texto. Contudo, sua defesa está coerente. Fico com 160.

Na **Competência 4**, sua progressão textual está ótima, e você usou bem os conectivos. A relação entre as partes do texto está clara, o que dá fluidez à leitura. Nota 200!

Finalmente, a **Competência 5** foi bem trabalhada, com uma proposta de intervenção clara e respeitando os direitos humanos. Você trouxe agentes e ações, mas podia detalhar mais o meio e a finalidade específica. Dou 160 aqui.

Nota 840 (C1: 160, C2: 160, C3: 160, C4: 200, C5: 160). Continue assim, você está mandando muito bem!