A Revolução Sexual da década de sessenta promoveu avanços importantes na emancipação política da mulher frente à sociedade ocidental. Atualmente, apesar da disseminação desses ideais de respeito ao gênero feminino, ainda é constante os abusos cometidos contra o mesmo no Brasil. Desse modo, a persistência da violência contra a mulher, no país, é prejudicial ao desenvolvimento da nação e ao bom convívio social.

A priori, deve-se salientar que a ideologia do machismo propicia ações violentas. Esse fato é corroborado, quando se vê o aumento do número de crimes contra a mulher, em virtude da permanência da subordinação ao homem em uma grande parcelas de lares no Brasil, o que acarreta uma dificultosa convivência familiar. Sob essa ótica, o filósofo francês Voltaire exemplifica que o pleno desenvolvimento do país deve ser fundamentado na igualdade jurídica, o que evidencia a importância do respeito à figura feminina.

Ademais, as leis que protegem a mulher, previstas na Constituição Federal, muitas vezes não são aplicadas de maneira efetiva. Isso é evidenciado, pois os processos criminais contra os autores desse tipo de violência são grande parte das vezes arquivados, em razão da morosidade do sistema judiciário brasileiro, o que acarreta na impunidade dos criminosos. Sob esse prisma, o sociólogo Émile Durkheim explica que um país com instituições sociais fragilizadas, como a judiciária, torna-se caótico e desorganizado.

Torna-se evidente, portanto, que a violência contra a mulher atrapalha o desenvolvimento igualitário entre os sexos e prejudica o convívio social do país. Dessa forma, o Governo Federal deve promulgar leis que punam crimes contra a mulher de maneira efetiva, por meio de processos eletrônicos, com o intuito de diminuir a morosidade do sistema judiciário brasileiro. Somado a isso, a Polícia Civil deve ampliar o número das delegacias de apoio à mulher para facilitar o acesso das mulheres às autoridades governamentais, com o intuito de diminuir a constante presença de crimes desse gênero na sociedade brasileira.