O filósofo francês Sartre defende que cabe ao ser humano escolher seu modo de agir, pois este seria livre e responsável. No entanto, percebe-se a irresponsabilidade da sociedade no que concerne à questão da persistência da violência contra a mulher. Dessa forma, observa-se que a mentalidade machista é um problema que reflete um cenário desafiador, sem em virtude da falta de efetividade legislativa, seja pela base educacional falha.
Em primeira análise, deve-se ressaltar a falta de efetividade legislativa para combater a violência contra a mulher. Essa situação surge da displicência constitucional na qual, a duração penal é curta para tal ato criminal grave (apenas até 3 anos). Segundo Lourdes Bandeira, professora da UnB, 70% dos homens que cumprem a pena da lei Maria da Penha, voltam a violentar suas companheiras, consolidando-se a ideia do aumento na rigidez legislativa.
Ademais, é fundamental apontar a falha na base educacional do cidadão como impulsionador da mentalidade capitalista no Brasil. Segunda a Cientista Social do Centro das Mulheres do Cabo, “O machismo perpassa as instituições, reproduzindo o ciclo do pensamento vicioso e violento”. Consequentemente, mantendo uma progressão da taxa de agressão contra o sexo feminino.
Depreende-se, portanto, a necessidade de se combater esses obstáculos. Para isso, faz-se necessário, por meio do Congresso Nacional, o aumento da penalidade na lei Maria da Penha, que impõe como mais grave a agressão. Também que, por meio do Ministério da Educação, promova palestras nas escolas para o aprendizado de crianças e adolescentes. Assim, rompendo-se a mentalidade machista nas futuras gerações.