Ao olhar para trás, a história afirma que a sociedade foi consolidada em uma ideia preconceituosa de que o homem é superior a mulher, pensamento que deu início a uma mentalidade machista que faz-se presente e forte no cenário atual. Baseando-se nesse pensamento retrógado e na lenta mudança da mentalidade social, surge a problemática da violência de gênero.

Observa-se nas últimas notícias, durante a pandemia do COVID-19, os casos de violência contra a mulher aumentando, teve-se em São Paulo um aumento de 44%. O Brasil hoje registra agressões a mulher a cada 4 minutos e a maior parte das agressões são de cônjuges e ex-cônjuges. É indiscutível que esses são dados alarmantes e preocupantes, considerando o período delicado que se vive de confinamento, no caso de muitas, com seu agressor, o que é motivo de medo até mesmo da denúncia.

Ao contrário do que muitos acreditam, a violência não resume-se apenas a sexual e física, também é importante lembrar que a violência moral, psicológica e patrimonial são passíveis de denúncias e de igual importância. Segundo a psicóloga Mary Scabora, a mulher é violentada toda vez que algo lhe é imposto, é violada em sua individualidade e sua dignidade uma vez que perde o poder de decisão sobre seu corpo.

Tendo em vista os aspectos apresentados, entende-se que a violência de gênero é fruto de uma sociedade machista e que sua continuidade no cenário atual é consequência da lenta mudança desse pensamento retrógado. É imprescindível que todos se conscientizem que esse é um problema presente na sociedade atual, a fim de abranda-lo, o Governo Federal deve criar leis mais rígidas e campanhas em emissoras abertas para estimular vítimas à denuncia desse crime. Desse modo, com o tempo, esse triste fato social será reduzido no país.