Maria da Penha defende que “A vida começa quando a violência acaba”. No entanto, não é possível verificar uma reação interventiva da sociedade na luta contra a violência, já que milhares de brasileiras sofrem diariamente com esse mal. Então, deve-se traçar estratégias a partir da atuação nas causas do problema: falta de representatividade e a influência da mentalidade social.
Dessa forma, em primeira análise, a falta de representatividade é um desafio presente no problema. Para Rupi Kaur “A representatividade é vital”. Porém, há um hiato absurdo na representação das mulheres visto que pouco se fala desse assunto na mídia, fazendo com que menos pessoas saibam do assunto e ele se torne tabu. Assim, é preciso que a representatividade seja vista como algo vital.
Além disso, a influência da mentalidade social é um entrave no que tange ao problema. O sociólogo Sérgio Adorno diz que o Estado pode conter a violência, porém não o faz, deixando os agressores livres para que cometam mais crimes, além da sociedade patriarcal, que aceita a agressão de homens contra mulheres.
Portanto, é indispensável intervir sobre o problema. Para isso, a mídia de massa deve criar um programa, por meio de entrevistas com especialistas no assunto e mulheres que já sofreram agressões, a fim de atualizar a mentalidade social sobre a violência contra as mulheres. Tal ação pode, ainda, ser divulgada por grandes perfis no Instagram para atingir mais pessoas. Paralelamente é preciso intervir sobre a falta de representatividade. Dessa forma, será possível lidar da melhor maneira com essa crise e a vida pode finalmente começar, como defende Maria da Penha.