Promulgada pela ONU em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todos os indivíduos o direito à segurança e ao bem-estar social. Entretanto, a persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira impossibilita que essa parcela da população desfrute desse direito universal, na prática. Nessa perspectiva, esses desafios devem ser superados de imediato para que uma sociedade integrada seja alcançada.
A educação é o fator principal no desenvolvimento de um País. Hodiernamente, ocupando a nona posição na economia mundial, seria racional acreditar que o Brasil possui um sistema público de ensino eficiente. Contudo, a realidade é justamente o oposto e o resultado desse contraste é notoriamente refletido na violência que as mulheres sofrem. Nesse cenário, o número de vítimas aumentaram em 230% nos últimos 30 anos, triplicando o quantitativo de mulheres vítimas de assassinato no país. Diante do exposto, é visível a ineficácia do Estado no que diz respeito à segurança feminina.
Faz-se mister, ainda salientar o machismo estrutural como promotor da violência contra a mulher. De acordo com Jean-Paul Sartre, filósofo francês, "a violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota". Nesse sentido, observa-se no Brasil, um gritante abismo de desigualdades entre as classes sociais, que favoreceu, ao longo dos anos, para o crescimento da violência urbana.
Infere-se, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem á construção de um mundo melhor. Dessa maneira, urge que medidas protetivas sejam tomadas pelo Governo, por intermediário da Lei Maria da Penha. Outrossim, é imprescindível que sejam criadas redes de apoio às vítimas de violência, por projetos sociais. Dessa forma, o Brasil poderia superar a persistência da violência contra a mulher.