No livro “A Cidade do Sol”, as protagonistas Mariam e Laila revelam as inúmeras dificuldades de ser uma mulher no Afeganistão devido à "Cultura". Simultaneamente, apesar de existir movimentos como o feminismo, a cultura prevalece firme e forte, a qual a mulher continua sendo vista como submissa ao homem em pleno século XXI. Diante disso, para que esse combate seja efetivo, dois aspectos fazem-se relevantes: o legado sociocultural e o desrespeito às leis.

Segundo o legado sociocultural, a mulher sempre foi submissa ao sexo masculino devido a suas características físicas, é vista como frágil, menos ágil e menos competente, designada apenas para tarefas menos complexas. Prova-se isto diante da diferença salarial, onde elas representam aproximadamente 77% do rendimento dos homens, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Diante deste cenário, comprovasse que o legado sociocultural influencia na persistência da violência contra as mulheres.

Conforme descrito no Artigo 7° do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, todos são iguais perante a lei e, sem distinção, têm direito a igual proteção da lei. Porém, é evidente a diferença de classes sociais, principalmente se essa for constituída por mulheres pretas e pardas. Em decorrência desse fato, elas vivenciam a drástica frustração e angústia, sentindo-se inseguras e sem ninguém a quem recorrer.

Portanto, visando suprimir a problemática da violência e desigualdade contra a mulher, cabe a intervenção da Constituição Federal, mais especificamente das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM), criar mecanismos de proteção às cidadãs vítimas de qualquer dano, seja ele físico, moral ou psicológico, por meio de leis mais rígidas e mais severas para aqueles que não as cumprem, a fim de que elas se sintam seguras e protegidas. De modo a garantir o bem-estar da sociedade na totalidade.