De acordo com o pensador Aldous Huxley: "os fatos não deixam de existir só porque são ignorados". Essa perspectiva se evidencia na persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira, que embora se caracterize como um problema antigo, vem aumentando a cada ano, principalmente devido ao machismo estrutural, herança do patriarcalismo.
Em primeiro plano, o sentimento de posse masculino sobre suas parceiras é um agravante do quadro, pois o ciúmes gerado a partir disso, é o núcleo de diversas formas de violência contra a mulher, ferindo sobretudo, a dignidade de vida da pessoa humana nas vítimas.
Em segunda análise, existe no Brasil milhares de homens envolvidos em denúncias feitas com base na Lei Maria da Penha, o que se leva a reflexão sobre mecanismos que possam melhorar a eficácia de tal lei. Também, a estruturação do estigma "sexo frágil" na sociedade é outro fator que precisa ser mitigado em prol da resolução do caso.
Portanto, fica evidente a necessidade da ação do Governo Federal juntamente com a sociedade para solucionar a questão. Cabe ao Estado, elaborar leis mais rígidas e eficazes para proteção das mulheres e desenvolver projetos de combate à violência. Afinal, como afirmava Martin Luther King: " a injustiça num lugar é uma ameaça à justiça em qualquer lugar", de maneira que essa situação precisa chegar ao fim.