Em vidas secas de Graciliano Ramos, a luta das famílias de retirantes pela sobrevivência, simboliza a negligência do estado diante das desigualdades sociais.De maneira semelhante no Brasil atual, o problema da negligência governamental, o que agrava a omissão midiática, reforça a urgência de medidas eficazes.
A criação da lei Maria da penha ,em 2006, inspirada na luta de Maria da Penha Maia Fernandes, simboliza a resistência feminina frente à impunidade, mas sua aplicação ainda enfrenta barreiras sociais e culturais que perpetuam a violência de gênero.Entende-se, que apesar da criação da lei, muitas mulheres não são protegidas devidamente por causa da negligência do Poder Público .Dessa forma, o Estado deve impor medidas mais bruscas para garantir de fato, a segurança dessas mulheres.
Sob outra ótica, a inércia midiática também é interpretada como promotor do problema. Conforme o sociólogo Pierre bourdieu,a mídia tende a priorizar o que atrai o público e o lucro, e não necessariamente o que é relevante socialmente.A luz disso, fica evidente que a omissão midiática diante da violência contra a mulher,perpetua o silêncio social. Assim a imprensa deve dar visibilidade contínua ao problema, estimulando a reflexão coletiva e a cobrança por políticas públicas efetivas.
Verifica-se, portanto, que é essêncial a atuação estatal e social para que a violência doméstica contra a mulher seja obstáculo para ser superado. Assim o Ministério da Justiça e a Segurança Pública devem investir na caçapitação de agentes e na expansão das Delegacias da Mulher, garantindo acolhimento adequado e punição efetiva dos agressores,assim como a Secretaria Da Comunicação Social ,deve promover campanhas nacionais de conscientização utilizando mídias digitais e televisas para alertar sobre a importância de denunciar casos de violência.Dessa forma,o preceito constitucional será solidificado no Brasil.