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Por Gabrielebrbs
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O conceito de cidadania que remontam ás antigas Polis Gregas, relaciona-se com o conjunto de direitos e deveres que um indivíduo goza ao pertencer determinado Estado. Lamentavelmente, ainda hoje, homens e mulheres vivem uma situação de consumo de drogas, O que dificulta o acesso á cidadania por parte desse grupo populacional. Com efeito, é imprescindivel um debate e a preposição de soluções a essa problemática existente mundialmente, tendo em vista suas causas de ordem estatal e social.
Primordialmente, é importante destacar a insuficiente ação do governo perante o problema. Nesse sentido, segundo o filósofo renascentista Nicolau Maquiavel, o principal objetivo do governante reside na manutenção do poder, e não na promoção do bem comum. A reflexão do pensador ecoa nos efeitos que a droga causa no ser humano, na medida em que esses indivíduos não tem considerável representação no pleito eleitoral e são uma minoria invisível á maior parte do corpo social. Por conseguinte, escassas medidas são efetuadas pelos governantes para que obtenha-se o tratamento necessário de um dependente químico, já que tais ações não Ihes garantiriam um aumento considerável no número de votos em futuras eleições e, consequentemente, pouco auxiliaria na manutenção do poder destes políticos, confirmando a reflexão que Maquiavel trouxe ainda no renascimento.
Ademais, é válido salientar a omissão social diante desta realidade. Nesse âmbito, a filósofa Hanna Arendt, em sua teoria da 'banalidade do mal, sustenta que a sociedade se cala perante determinados problemas sociais, o que acaba por naturalizar situações problemáticas. Sob esse viés, é notório a incidência do pensamento de Arendt na situação dos usuários de drogas, já que a maioria da sociedade enxerga a persistência desse vício como algo banal e de pouca importância, com escassas discussões acerca desse tema no cotidiano. Com isso, há pouca pressão social no governo para mudança desse paradigma e, seguindo a linha filosófica de Hanna, verifica-se a banalização do mal sofrido por tais cidadãos.
Diante do exposto, denota-se a urgência de propostas governamentais que alterem esse quadro. Portanto, para o fim da problemática tanto
nos efeitos da droga quanto na persistência dela nos usuários dos mesmos, além de campanhas
conscientizadoras á sociedade, o Governo deve colocar em prática um plano de ação com foco na reinserção social dos usuários e que o acesso á cidadania estejam em pleno alcance de todos os brasileiros.
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