No primeiro dia das universidades sabemos que existem os famosos trotes, brincadeiras com propósitos de dar boas vindas aos calouros e fazer uma relação entre calouros e veteranos. Porém, muitas vezes essas "brincadeiras", acabam indo para outro rumo, seja, perpetuando estereótipos, até causando constrangimento aos calouros. Muitos desses trotes usam a hierarquia como forma de "desculpas" para a violência implementada. Essa violência imposta e o ciclo de trotes precisam ser debatidos com mais frequência.

Em primeira instância, percebe-se que essa violência nos trotes universitários acontecem por causa da hierarquia, tendo em vista que todo início de ano letivo, os mais velhos se aproveitam dos novatos. Em 2013, na UFMG, um trote reforçando racismo gerou polêmica e revolta, nesse trote uma aluna pintada de preto e acorrentada, estava com um placa onde dizia: "caloura Chica da Silva", enquanto um aluno à segurava. Já na UFRGS, os calouros tiveram que segurar uma cabeça de porco, enquanto uma substância com vísceras era jogado.

Certamente, as vítimas desses trotes não ficam felizes, então o que eles fazem? Simples, esperam os próximos calouros e fazem a mesma coisa, criando-se um ciclo. Uma frase que retrata muito bem isso, é a frase de Paulo Freire: "Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é se tornar o opressor". Infelizmente a grande maioria desconta a raiva do trote sofrido no calouro do período seguinte, e assim por diante.

Portanto, cabe as universidades e Governos criarem estratégias para a diminuição dos trotes violentos. As universidades poderiam banir de uma vez por todas esses trotes dentro do seu espaço, e quem fosse visto praticando seria penalizado. Palestras conscientizando sobre os perigos e os problemas desses trotes, poderiam ser feitas pelos Governos, tendo como objetivo diminuir essas ações.