"O dinheiro não traz felicidade". Apesar de ser socialmente difundida, a frase anterior não faz parte da realidade da maioria. Analisando os tempos atuais, entende-se que, infelizmente, o dinheiro não traz felicidade apenas para quem o tem em quantidade excessiva. Porém, para aqueles que lutam dia após dia pela própria sobrevivência, possuí-lo é motivo de contentamento, ainda que pouco.

Observando a respeito, evidencia-se que membros da elite brasileira compartilham esse texto a fim de iludir e ludibriar a classe trabalhadora. Afinal, quando alguém bem-sucedido faz tal afirmação, os mais fragilizados tendem a tomá-la como fato. Contudo, é necessário compreender que a espécie humana requer conforto e que, para tal, serão indispensáveis recursos monetários.

Além disso, na sociedade capitalista existe um sistema denominado oferta monetária limitada, proposto por Milton Friedman, onde a quantia de dinheiro precisa ser finita. Consequentemente, a riqueza da burguesia cria a pobreza do proletariado, tornando nítido o interesse dessa classe em sobressair à outra. O luxo é desnecessário para viver. No lugar disso, todos precisam ter qualidade de vida, lazer e conforto.

Portanto, compreende-se que o dinheiro não é tudo. Mas dizer que não traz felicidade é uma tentativa de manipulação da elite. Em um país cujo lema destacado na bandeira é "Ordem e Progresso", essa desigualdade demonstra-se um empecilho para cumprir esse objetivo. Para que todos tenham condição de conforto, faz-se necessário implementar leis sobre impostos progressivos: quem ganha mais paga proporcionalmente ao ganho, podendo aliviar e até isentar os menos afortunados. É obrigação do Supremo Tribunal Federal, em parceria com a Câmara dos Deputados, realizar esse projeto. Cerca de 40% do capital dos bilionários ainda lhes permitiriam luxos. Entretanto, se dividido de forma consciente entre a nação, melhoraria a vida e a condição de toda a sociedade brasileira