O sonho de ter uma condição melhor, como se observa na obra literária "O cortiço", leva a acreditar que se desistir da vida no campo e arriscar nas cidades grandes contribuirá no pessoal de cada um. Entretanto, uma quebra de expectativa ocorre ao notar a situação de superlotação, que acarreta vários problemas. Em meio a isso, tem-se a falta de moradia e a diminuição do povo rural.
Em primeiro lugar, vale comentar que segundo os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) 84% dos brasileiros vivem em centros urbanos, sendo mais da metade da população se privando de um espaço pessoal. Dessa forma, é notório que isso se deve ao Êxodo Rural, ocorrido por volta da década de 60, isto é, na época da primeira Revolução Industrial, em que o povo deixa para trás sua antiga casa e parte para as cidades em busca de mudar a trajetória da história de sua família. Ademais, existiam, ainda existe, falsas promessas apenas para atrair mão de obra e consumidores.
Em segundo lugar, destaca-se a obra "Brasil: Uma biografia", onde as historiadoras Lilia Schwarcz e Heloise Starling ressaltam que o país tem um Estado ineficiente. Sob essa ótica, constata-se o fato de que apesar dos direitos da Constituição, sendo esses moradia e educação, não é gozada por todos. Nesse viés, muitas pessoas que migraram para os grandes centros sofrem em relação à falta de terrenos, tendo que recorrer aos lugares mais inadequados para moradia e assim, se criando as favelas.
Logo, é notável e destacável como os centros urbanos não são essa utopia tão falada e aclamada pelo povo. Outrossim, é igualmente preciso apontar que mesmo não sendo perfeito, ainda se tem seus prós, como a educação e a saúde. Desse modo, é notório a falta de transparência em questão dos desafios que sofrem os migrantes.