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Por Raik
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#110933
Segundo Platão, a velhice é um estado de repouso e tranquilidade. No entanto, na atual conjuntura da sociedade brasileira, o pensamento do filósofo não se faz comum na vida dos idosos, visto que uma grande parcela desses indivíduos sofrem de algum tipo de violência, evidenciando, assim, uma ausência de direitos e calmaria. Diante dessa perspectiva, percebe-se a consolidação de um grave problema, em virtude da negligência governamental e do abandono familiar.
Em primeira análise, vale ressaltar que a omissão estatal corrobora com a intensificação da problemática. Ligado a isso, de acordo com o Artigo 4º do Estatuto do Idoso, nenhum sênior será objeto de qualquer tipo de negligência, descriminação ou violência. Entretanto, essas mazelas ainda são vistas na sociedade, constatando uma grande falha efetiva na lei que garante proteção a esses cidadãos, advinda de uma ineficiência legislativa muito presente no território nacional. Nesse sentido, existem outras diversas medidas que penalizam ações negativas contra essa parcela social, mas não são aplicadas de forma factual, dado que entre cada seis idosos um ainda sofre de algum tipo de agressão. Dessa forma, evidencia-se a falta de comprometimento do Estado na aplicação do que é garantido por lei, urgindo uma solução.
Ademais, outra dificuldade encontrada é o abandono parental. Nessa perspectiva, Cecília Meirelles, jornalista e poeta brasileira, no poema “Como se morre de velhice”, fala sobre como a sociedade vê o idoso de forma excludente, sendo esse propício à rejeição, inclusive, da base familiar. Sob essa ótica, é perceptível que a visão de inferioridade em relação aos idosos, bem como a baixa presença de estratégias para diminuir a violência moral destinada a esses indivíduos dificultam a mudança dessa situação preocupante, visto que houve um aumento em 33% de desabrigo dos idosos em 2012, que vêm se alastrando até os dias atuais. De acordo com esses dados, é notório um elevado número de desabrigo familiar, justificado por carência de tempo e renda para cuidar dos idosos, tornando-os indiferentes e excluindo-os da liberdade.
Portanto, urge a necessidade de efetuar medidas para combater o problema. Destarte, o Estado, na condição de garantidor dos direitos individuais, por meio de palestras, deve introduzir, no âmbito social, a importância dos idosos, a fim de educar a população sobre seus direitos.
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