Primeiramente, homens são colocados em posições de destaque perante as mulheres em várias situações. Isso acontece, pois, nos primórdios do Brasil, foi doutrinado que o humano masculino seria superior a mulher e ela ficaria submissa a ele. Na medida em que só eles ocupavam cargos de destaque e ditavam as regras dentro de casa. Por exemplo, a criação da Convenção Internacional sobre Eliminação da Discriminação contra Mulher, ratificada pelo Brasil no séc XX, tem por finalidade reverter esse tipo de acontecimento e reforça que a desigualdade de gênero ainda existe. Visto que, ao buscar superá-la, expressa a igualdade mútua para o ingresso nas instituições de ensino superior, como também reafirma que os padrões sociais, dentro da família, deverão ser reformulados com o fim de gerar igualdade. Diante disso, a misoginia é uma das causas de continuação da violência contra a mulher.
Além disso, a falta de efetividade das ações do governo permite que os agressores permaneçam com suas infrações penais. Essa ineficiência persiste, porque não há agregação pessoal dos valores éticos os quais o governo emite nas suas publicidades, bem como não existe temor ao rigor das leis. Já que muitos indivíduos possuem princípios enraizados e não tem medo das repressões da lei. Para exemplificar, o aumento dos casos de Feminicídio provocou atitudes por parte dos órgãos diretivos do pais. Logo, os poderes constitucionais brasileiros, Executivo e Legislativo, aumentaram o rigor da punição para o crime de Feminicídio, o que antes era de 12 a 30, hoje é de 20 a 40. Portanto, o contexto não irá sofrer mudanças, caso não haja efetividade das ações do governo, seja por meio de leis mais duras ou influência social.
Em conclusão, a mulher ainda é agredida de várias formas na sociedade brasileira. Nesse sentido, o Ministério da mulher deve reforçar a igualdade na sociedade por meio do aumento de cotas para mulheres, mas também o Judiciário precisa aplicar a lei efetivamente a fim de que a lei impeça atos futuros de agressão.
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C1 norma-padrão
Você atingiu aproximadamente 80% da pontuação prevista para a Competência 1, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita, ou seja, apresenta um texto com boa estrutura sintática, com poucos desvios de pontuação, de grafia e de emprego do registro exigido.
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C2 Compreensão da proposta
Você atingiu aproximadamente 80% da pontuação prevista para a Competência 2, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante desenvolve o tema por meio de argumentação consistente e apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão. Embora ainda possa apresentar alguns problemas no desenvolvimento das ideias, o tema, em seu texto, é bem desenvolvido, com indícios de autoria e certa distância do senso comum demonstrando bom domínio do tipo textual exigido.
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C3 seleção de argumentos
Você atingiu aproximadamente 80% da pontuação prevista para a Competência 3, atendendo aos critérios definidos a seguir. Em defesa de um ponto de vista, o texto apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, ou seja, os argumentos, embora ainda possam ser previsíveis, estão organizados e relacionados de forma consistente ao ponto de vista defendido e ao tema proposto, e há indícios de autoria.
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C4 construção de argumentos
Você atingiu aproximadamente 80% da pontuação prevista para a Competência 4, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante articula as partes do texto com poucas inadequações e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos.
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C5 Proposta de Intervenção
Você atingiu aproximadamente 80% da pontuação prevista para a Competência 5, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante elabora bem proposta de intervenção relacionada ao tema, decorrente da discussão desenvolvida no texto, articulada e abrangente, ainda que sem suficiente detalhamento.
Na avaliação da redação, foram identificados alguns aspectos que interferem no desempenho nas competências.
Na Competência 1, o domínio da norma-padrão apresenta problemas ocasionais que, apesar de não comprometer a compreensão geral do texto, prejudicam a excelência formal. Por exemplo, há a omissão do artigo definido em “violência contra mulher persiste” – o correto seria “violência contra a mulher persiste” – assim como em “Convenção Internacional sobre Eliminação da Discriminação contra Mulher” (o ideal é “... contra a Mulher”). Também foi identificado um erro de concordância em “muitos indivíduos possuem princípios enraizados e não tem medo” – o verbo deveria concordar com o sujeito plural (“não têm medo”). Além disso, nota-se um deslize na grafia em “órgãos diretivos do pais”, onde “pais” deve ser acentuado (“país”). Ao corrigir estes pontos, recomenda-se revisar o emprego dos artigos e observar a concordância verbal, por exemplo: “muitos indivíduos possuem princípios enraizados e não têm medo” e “a violência contra a mulher persiste”, garantindo assim maior adequação à norma-padrão.
Na Competência 2, o tema proposto é compreendido e desenvolvido com a presença de elementos de introdução, desenvolvimento e conclusão. Entretanto, o argumento poderia ser aprofundado, relacionando de forma mais consistente o contexto histórico com a situação atual e ampliando o diálogo com outras áreas do conhecimento. Sugere-se, por exemplo, reforçar a conexão entre as raízes históricas e os desafios contemporâneos com dados ou reflexões que integrem debates sociais e legais.
Na Competência 3, a seleção e organização de informações se dão de maneira satisfatória, com argumentos que dialogam com o tema. Apesar disso, há momentos em que a articulação entre os fatos e as consequências expostas poderia ser feita de forma mais clara. Como exemplo, o trecho “Na medida em que só eles ocupavam cargos de destaque e ditavam as regras dentro de casa” apresenta uma estrutura que pode ser reformulada para melhorar a coesão: “Isso se deve ao fato de que, historicamente, apenas os homens ocupavam cargos de destaque e estabeleciam as regras dentro do ambiente doméstico.”
Na Competência 4, os conectivos e a progressão lógica das ideias são utilizados, mas há alguns deslizes no emprego e na pontuação dos mesmos. No trecho “isso acontece, pois, nos primórdios do Brasil, foi doutrinado que...”, a utilização de “pois” e a pontuação podem ser revistas para garantir maior clareza. Sugere-se: “Isso acontece, pois, desde os primórdios do Brasil, quando se ensinava que o homem era superior à mulher.” Tais ajustes ajudam a promover uma fluidez lógica e facilitam a compreensão dos vínculos entre as ideias.
Na Competência 5, a proposta de intervenção apresenta os quatro elementos essenciais (agente, ação, meio e finalidade), embora de maneira pouco aprofundada. O texto indica que “o Ministério da mulher deve reforçar a igualdade na sociedade por meio do aumento de cotas para mulheres, mas também o Judiciário precisa aplicar a lei efetivamente a fim de que a lei impeça atos futuros de agressão.” Para aprimorar a intervenção, recomenda-se detalhar os papéis dos agentes e os mecanismos de execução, por exemplo: “O Ministério da Mulher, por meio de campanhas educativas e revisão de políticas institucionais, deve promover ações que garantam a igualdade de oportunidades. Paralelamente, o Poder Judiciário deve reforçar a aplicação da lei, implantando medidas de prevenção e combate à violência, como a criação de delegacias especializadas e a capacitação de agentes públicos, de modo a desestimular futuros abusos.” Essa ampliação dos elementos contribuirá para uma proposta mais robusta e articulada com o debate do texto.