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Por YnayarhSV23
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#122772
No livro, "Educação Moral" o sociólogo Émile Durkheim afirma que os problemas sociais são frutos de uma maneira coletiva de agir e pensar, na qual o alheamento de milhares de pessoas promove a existência dessa lamentável realidade. Fora da obra, ao observar o abandono afetivo do idoso no Brasil, entende-se que tal entrave explica o ideal de Durkheim. Dessa forma, é válido destacar os principais propulsores dessa questão: irresponsabilidade familiar e insuficiência de leis. É cabível, então, interferir nesse cenário.
Em primeira análise, é válido reconhecer como a falta de prioridade aos idosos prejudica a mitigação do obstáculo, dado que se evidência que idosos a partir dos 60 a 70 anos sofre com um impasse familiar quando se trata dos cuidados afetivos sob esse prisma, a antropóloga Ruth Benedict afirma que a cultura é a lente pela qual a sociedade enxerga, isto é, o ambiente expõe os valores adquiridos no convívio social. Partindo desse pressuposto, inserido em um meio, além de banalizar o abandono aos idosos, permite sua continuidade, o cidadão tende a padronizar esse cenário como um fato normal- potencializando uma apatia social, e lamentável, com essas pessoas que são afetadas e por não ser mais vistas no corpo social.
Ademais, é fundamental destacar a falta de operação estatal para promover leis legíveis, dando ênfase na proibição de desproteção aos indivíduos como um fator de manutenção desse ambiente hostil. A luz desse espectro, o processo de redemocratização do país deixou como legado a Constituição Federal de 1988, que garante o bem-estar social como direito basilar. No entanto, ao analisar a constante progressão de pessoas que tem seus direitos limitado percebe-se que esse preceito não é cumprido. Ilustra bem está triste realidade a obra "Cidadão de Papel", do escritor Gilberto Dimentein, ao expor a inefetividade das leis no Brasil, uma vez que a maioria dos direitos permanece no âmbito teórico e não são postos em prática. Dessarte, enquanto a negligência for realidade, o Estado democrático de direito será utópico.
Depreende-se, portanto, a necessidade de se combater esse óbice. Logo, cabe o Governo Federal, por meio de debates entre congressistas e a sociedade, discutir sobre a melhor maneira de garantir o bem-estar social, e por intermédio do ministério dos direitos humanos, que vise promover pessoas qualificadas para averiguar se há cuidados adequados aos idosos, assim os direitos previstos na cidadania serão efetuados com eficiência. Dessa forma, o pensamento de Durkheim, felizmente, já não será um característica da realidade brasileira.
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