- 11 Abr 2024, 22:52
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Em sua obra "Ensaio sobre a cegueira", o escritor português José Saramago descreve uma cidade fictícia na qual, paulatinamente, as pessoas vão ficando cegas, Na trama, o autor usa dessa alegoria para criticar a falta de altruísmo e cooperação no mundo contemporâneo, em que os indivíduos se preocupam cada vez menos com o bem-estar coletivo. Ao transpor a ficção e analisar a atual conjuntura brasileira, percebe-se que a obra exemplifica a realidade vivenciada no país, uma vez que reduzir a mortalidade decorrente do aborto ilegal de mulheres no Brasil representa um cenário que não recebe a devida atenção. Nesse contexto, deve-se analisar como a negligência estatal e o tabu enraizado na sociedade impulsionam tal problemática, com o intuito de solucioná-la.
Diante desse cenário, nota-se a inoperância governamental como fator agravante do aborto ilegal no Brasil. De acordo com o geógrafo Milton Santos, em seu texto "As Cidadanias Mutiladas", a cidadania atinge a plenitude de sua eficácia quando os direitos do corpo social, em sua totalidade são homogeneamente desfrutados. Todavia, no contexto hodierno, a passividade do Estado distancia as mulheres dos direitos constitucionalmente garantidos, à medida que a procura por clínicas clandestinas para o aborto aumenta. Dessa forma, enquanto a máquina pública negligenciar suas responsabilidades, o problema perdurará e os direitos dos cidadãos continuarão a ser mutilados de forma sistemática.
Ressalta-se, ademais, que o preconceito e a intolerância ao se falar em aborto potencializa esse cenário. Nesse viés, segundo o filósofo político Jean Jacques, em seu livro "O Contrato Social", o homem nasce livre, mas por toda parte encontra-se acorrentado. Por conseguinte, a imposição de ideais impedem que mudanças aconteçam e fomentam o estigma banal sobre os direitos das mulheres. Diante de tal exposto, mantem-se o quadro de ausência de ações efetivas no que tange à reversão desse contexto, fragilizando com isso, a cidadania plena no país. Dessa forma, é imprescindível combater o preconceito, visto que é uma das causas fundamentais do problema.
Dessa forma, denota-se a urgência de propostas governamentais que alterem esse quadro. Portanto, cabe ao Estado - em sua função de promotor do bem-estar social - crie leis que viabilizem o direito de abortar no país, por meio de convenções parlamentares. Tal ação terá finalidade de reduzir a mortalidade por clínicas clandestinas. Além disso, os grandes canais de comunicação devem divulgar a importância da descriminalização do aborto, para que, assim, a intolerância seja exígua. Logo, à luz da perspectiva de Saramago, poderemos mitigar a cegueira moral que permeia essa questão.
Diante desse cenário, nota-se a inoperância governamental como fator agravante do aborto ilegal no Brasil. De acordo com o geógrafo Milton Santos, em seu texto "As Cidadanias Mutiladas", a cidadania atinge a plenitude de sua eficácia quando os direitos do corpo social, em sua totalidade são homogeneamente desfrutados. Todavia, no contexto hodierno, a passividade do Estado distancia as mulheres dos direitos constitucionalmente garantidos, à medida que a procura por clínicas clandestinas para o aborto aumenta. Dessa forma, enquanto a máquina pública negligenciar suas responsabilidades, o problema perdurará e os direitos dos cidadãos continuarão a ser mutilados de forma sistemática.
Ressalta-se, ademais, que o preconceito e a intolerância ao se falar em aborto potencializa esse cenário. Nesse viés, segundo o filósofo político Jean Jacques, em seu livro "O Contrato Social", o homem nasce livre, mas por toda parte encontra-se acorrentado. Por conseguinte, a imposição de ideais impedem que mudanças aconteçam e fomentam o estigma banal sobre os direitos das mulheres. Diante de tal exposto, mantem-se o quadro de ausência de ações efetivas no que tange à reversão desse contexto, fragilizando com isso, a cidadania plena no país. Dessa forma, é imprescindível combater o preconceito, visto que é uma das causas fundamentais do problema.
Dessa forma, denota-se a urgência de propostas governamentais que alterem esse quadro. Portanto, cabe ao Estado - em sua função de promotor do bem-estar social - crie leis que viabilizem o direito de abortar no país, por meio de convenções parlamentares. Tal ação terá finalidade de reduzir a mortalidade por clínicas clandestinas. Além disso, os grandes canais de comunicação devem divulgar a importância da descriminalização do aborto, para que, assim, a intolerância seja exígua. Logo, à luz da perspectiva de Saramago, poderemos mitigar a cegueira moral que permeia essa questão.