A obra literária “Os Sete Maridos de Evelyn Hugo”, escrita por Taylor Jenkins, refere-se aos comportamentos machistas e sexistas por trás dos bastidores de Hollywood e como era dificultoso, para as atrizes, alcançarem o estrelato. Fora da ficção, a realidade apresentada não é diferente, visto que, a desigualdade salarial entre homens e mulheres ainda é reflexo de uma sociedade com raízes ideológicas, na qual, a mulher é associada como inferior ao homem. Desse modo, a população feminina sofre com a violação dos seus direitos, causados, principalmente, pelo machismo estrutural.
Em primeira análise, evidencia-se que é indiscutível que, no Brasil, o mercado de trabalho igualitário seja uma utopia. Pois, evidentemente, a disparidade é oriunda de processos relacionais na sociedade que interferem na qualidade de vida dos seres humanos. Com base no levantamento da consultoria IDados, a diferença salarial entre mulheres e homens é igual a 22%, mesmo quando ambos exercem a mesma função e grau de escolaridade. Nesse sentido, observa-se que os trabalhos dessas proletariadas são desvalorizados e que os furos nas leis trabalhistas devem ser erradicados.
Além disso, é notório que o machismo estrutural que desfavorece qualquer manifestação contra ele. Nessa perspectiva, como afirmou Nicolau Maquiavel, filósofo antigo “ os preconceitos têm raízes mais profundas que os princípios “. Isso porque, a cultura brasileira é excludente e patriarcal que privilegia o homem negligenciando totalmente as mulheres uma vez que determinam de forma preconceituosa os papéis que devem ou não serem seguidos por elas, sendo que a maior parte deles são colocados como inferiores deixando nítido nos domínios dos cargos de poder que são preenchidos somente por homens. Com isso, é inaceitável que a conjuntura atual continue em questão.
Depreende-se, portanto, que os princípios históricos dificultam a supressão da desigualdade salarial. Dessa maneira, cabe ao governo federal reivindique políticas públicas e sociais por meio do Poder Legislativo, a fim de erradicar as transgressões dos direitos das mulheres e a discriminação de gênero que afeta, particularmente, o sexo feminino. Ademais, é crucial que as escolas lecionem valores éticos e morais através de palestras, para que as gerações futuras não retrocedam. Somente assim, a equidade entre os cidadãos brasileiros deixará de ser uma utopia.