" A infância é o reino onde ninguém morre", afirmou a poetisa Cecília Meireles, evidenciando a pureza e a importância dessa fase na formação humana. No entanto, na sociedade contemporânea, essa etapa tem sido encurtada por um fenômeno preocupante. Adultização precoce impulsionada pelo avanço das redes sociais.
Historicamente, a infância é um período destinado à formação emocional, cognitiva e moral do indivíduo. No entanto, a sociedade tem encurtado essa fase ao valorizar a aparência e o consumo e a busca por validação social. A influência dos influenciadores digitais e de conteúdos hipersexualizados faz com que crianças adotem esses comportamentos e preocupações de adultos antes do tempo. De acordo, com o psicólogo Jean Piaget cada fase do desenvolvimento humano possui características próprias.
Além disso, a ausência de acompanhamento familiar e a falta de políticas que promovam a educação digital agravam esse quadro em muitas famílias, o uso das redes é visto como entretenimento sem considerar os riscos psicológicos e sociais envolvidos. Campanhas educativas, regulação de conteúdo infantil e o fortalecimento da presença parental são medidas urgentes para combater esse fenômeno.
Portanto, a Adultização precoce representa um desafio social que exige atenção conjunta do estado, das famílias e da sociedade civil. O governo deve promover programas de educação midiáticas nas escolas, enquanto os pais precisam acompanhar mais de perto o consumo digital dos filhos. Só assim será possível resgatar o verdadeiro sentido da infância, uma fase que deve ser vivida com leveza, brincadeiras e descobertas, garantindo a formação de adultos mais equilibrados e conscientes no futuro.