- 04 Out 2021, 19:32
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A série "Sex Education" pertencente ao catálogo da Netflix, narra o cotidiano de um grupo de jovens que estão iniciando a vida sexual, sem a ajuda dos pais ou o apoio da escola, eles são obrigados a encarar os problemas sozinhos. A temática da obra está intimamente ligada a sociedade brasileira atual, visto que a aids entre jovens é um problema que restringe a cidadania no país.
Em primeiro lugar, é necessário destacar a forma como o Estado costuma lidar com a aids, principalmente, entre os jovens. Isso porque, como afirmou Gilberto Dimenstein, em sua obra "Cidadão de Papel", a legislação brasileira é ineficaz, visto que, embora aparente ser completa na teoria, muitas vezes, não se concretiza na prática. Prova disso é a escassez de políticas públicas satisfatórias voltadas para a aplicação do artigo 6° da "Constituição Cidadã", que garante, entre tantos direitos, a saúde. Isso é perceptível seja pela falta de campanhas sobre a conscientização de doenças sexualmente transmissíveis, seja pelo pouco espaço destinado nos hospitais para o tratamento de doenças transmitidas sexualmente. Assim, infere-se que nem mesmo o princípio jurídico foi capaz de garantir o combate a aids.
Em segundo lugar, é igualmente preciso apontar a educação, nos moldes predominantes no Brasil, como outro fator que contribui para a manutenção do preconceito contra as doenças sexuais. Para entender tal apontamento, é justo relembrar a frase do filósofo Immanuel Kant , que diz " O ser humano é aquilo que a educação faz dele", na medida em que ela destaca a importância das escolas em fomentar não só o conhecimento técnico-científico, mas também a ajudar a formar o ser humano e sua conduta. Sob essa ótica, pode-se afirmar que a maioria das instituições de ensino brasileiras, uma vez que são conteudistas, não contribuem no combate a aids entre jovens, a falta de exposição e discussão da temática resulta no agravamento do preconceito contra essa parcela da população.
Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. O Ministério da Educação, deve propor a criação de uma nova matéria escolar "Educação Sexual", por meio de um projeto de lei entregue a Câmara dos Deputados. Tal matéria será disponibilizada para os alunos de idades entre 12 à 18 anos e servirá para alertar e ensinar aos alunos os devidos cuidados a serem tomados antes, durante e depois da relação sexual. Além disso, o Ministério da Saúde deve aumentar as alas hospitalares referentes ao tratamento de doenças sexualmente transmissíveis. Assim, a realidade brasileira poderá ser diferente do contexto apresentado em "Sex Education".
Em primeiro lugar, é necessário destacar a forma como o Estado costuma lidar com a aids, principalmente, entre os jovens. Isso porque, como afirmou Gilberto Dimenstein, em sua obra "Cidadão de Papel", a legislação brasileira é ineficaz, visto que, embora aparente ser completa na teoria, muitas vezes, não se concretiza na prática. Prova disso é a escassez de políticas públicas satisfatórias voltadas para a aplicação do artigo 6° da "Constituição Cidadã", que garante, entre tantos direitos, a saúde. Isso é perceptível seja pela falta de campanhas sobre a conscientização de doenças sexualmente transmissíveis, seja pelo pouco espaço destinado nos hospitais para o tratamento de doenças transmitidas sexualmente. Assim, infere-se que nem mesmo o princípio jurídico foi capaz de garantir o combate a aids.
Em segundo lugar, é igualmente preciso apontar a educação, nos moldes predominantes no Brasil, como outro fator que contribui para a manutenção do preconceito contra as doenças sexuais. Para entender tal apontamento, é justo relembrar a frase do filósofo Immanuel Kant , que diz " O ser humano é aquilo que a educação faz dele", na medida em que ela destaca a importância das escolas em fomentar não só o conhecimento técnico-científico, mas também a ajudar a formar o ser humano e sua conduta. Sob essa ótica, pode-se afirmar que a maioria das instituições de ensino brasileiras, uma vez que são conteudistas, não contribuem no combate a aids entre jovens, a falta de exposição e discussão da temática resulta no agravamento do preconceito contra essa parcela da população.
Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. O Ministério da Educação, deve propor a criação de uma nova matéria escolar "Educação Sexual", por meio de um projeto de lei entregue a Câmara dos Deputados. Tal matéria será disponibilizada para os alunos de idades entre 12 à 18 anos e servirá para alertar e ensinar aos alunos os devidos cuidados a serem tomados antes, durante e depois da relação sexual. Além disso, o Ministério da Saúde deve aumentar as alas hospitalares referentes ao tratamento de doenças sexualmente transmissíveis. Assim, a realidade brasileira poderá ser diferente do contexto apresentado em "Sex Education".