“Ser preto de alma branca, para você, é exemplo de dignidade.” Esse trecho de uma canção do sambista Jorge Aragão mostra como a cultura negra foi marginalizada, historicamente, em nosso país. Nesse sentido, lamentavelmente, a herança africana foi desvalorizada no Brasil. Desse modo, a fim de entender essa situação, é fundamental analisar como o apagamento da cultura negra e a dificuldade de reconhecimento da negritude atravessam essa problemática. Diante desse cenário, é importante ressaltar que o apagamento da cultura negra contribuiu para essa desvalorização. Sob essa perspectiva, segundo a socióloga brasileira Sueli Carneiro, por meio do epistemicídio — apagamento das culturas tradicionais, por intermédio da educação europeizada — os valores e conhecimentos africanos foram afastados do ambiente escolar e acadêmico. Dessa forma, isso contribuiu para a folclorização da cultura negra, fortalecendo, assim, o desconhecimento e o preconceito. Logo, a herança africana foi retirada do espaço central de discussão. Além disso, vale destacar que a dificuldade de reconhecimento da negritude dificulta a valorização da cultura africana. Nesse viés, consoante a pensadora brasileira Lélia González, amefricanidade é o conceito que determina que o povo negro brasileiro é diferente de outros povos de matrizes africanas ao redor do mundo, por isso, deve ser entendido por suas especificidades. Dessa maneira, devido à homogeneização da cultura africana, muitos indivíduos brasileiros não se veem como negros, dificultando, por conseguinte, o reconhecimento de tal cultura. Dessarte, é mister criar medidas urgentes de intervenção para solucionar esse problema. Fica claro, portanto, que, infelizmente, a cultura africana foi marginalizada em nosso país. Assim sendo, o Ministério da Educação (MEC) - pasta do Executivo Federal responsável pela educação no Brasil - pode integrar, ao quadro curricular obrigatório, disciplinas - tanto em escolas como em universidades - de ensino voltadas para a cultura africana. Essas disciplinas devem ser trabalhadas por meio da imersão na cultura africana brasileira, como visitas a museus, centros históricos, centros culturais relacionados ao universo negro no Brasil, para deixar de apagar essa cultura e fazer com que indivíduos se reconheçam como parte integrante desse legado. Desse modo, ser preto de alma preta também será dignidade.

Ficou muito parecida com a minha, incrível!

John1584 escreveu:“Ser preto de alma branca, para você, é exemplo de dignidade.” Esse trecho de uma canção do sambista Jorge Aragão mostra como a cultura negra foi marginalizada, historicamente, em nosso país. Nesse sentido, lamentavelmente, a herança africana foi desvalorizada no Brasil. Desse modo, a fim de entender essa situação, é fundamental analisar como o apagamento da cultura negra e a dificuldade de reconhecimento da negritude atravessam essa problemática. Diante desse cenário, é importante ressaltar que o apagamento da cultura negra contribuiu para essa desvalorização. Sob essa perspectiva, segundo a socióloga brasileira Sueli Carneiro, por meio do epistemicídio — apagamento das culturas tradicionais, por intermédio da educação europeizada — os valores e conhecimentos africanos foram afastados do ambiente escolar e acadêmico. Dessa forma, isso contribuiu para a folclorização da cultura negra, fortalecendo, assim, o desconhecimento e o preconceito. Logo, a herança africana foi retirada do espaço central de discussão. Além disso, vale destacar que a dificuldade de reconhecimento da negritude dificulta a valorização da cultura africana. Nesse viés, consoante a pensadora brasileira Lélia González, amefricanidade é o conceito que determina que o povo negro brasileiro é diferente de outros povos de matrizes africanas ao redor do mundo, por isso, deve ser entendido por suas especificidades. Dessa maneira, devido à homogeneização da cultura africana, muitos indivíduos brasileiros não se veem como negros, dificultando, por conseguinte, o reconhecimento de tal cultura. Dessarte, é mister criar medidas urgentes de intervenção para solucionar esse problema. Fica claro, portanto, que, infelizmente, a cultura africana foi marginalizada em nosso país. Assim sendo, o Ministério da Educação (MEC) - pasta do Executivo Federal responsável pela educação no Brasil - pode integrar, ao quadro curricular obrigatório, disciplinas - tanto em escolas como em universidades - de ensino voltadas para a cultura africana. Essas disciplinas devem ser trabalhadas por meio da imersão na cultura africana brasileira, como visitas a museus, centros históricos, centros culturais relacionados ao universo negro no Brasil, para deixar de apagar essa cultura e fazer com que indivíduos se reconheçam como parte integrante desse legado. Desse modo, ser preto de alma preta também será dignidade.

diogodshk escreveu:Redação incrível! Sem sombra de dúvidas, a melhor redação que já avaliei nessa plataforma (e a única até agora que eu atribui avaliação 1000).
Única pontuação que posso fazer quanto à sua redação é que senti a falta da presença de parágrafos (com o devido espaço entre eles). No mais, redação perfeita, não observa-se erros gramaticais e ainda é inegável o domínio que o escritor possui acerca da pauta temática. Acredito que sua nota será 1000 na correção oficial, parabéns!😁

Muito obrigado, meu amigo. Fico muito feliz com seu comentário. O problema com os parágrafos foi na hora de postar, não me atentei para separá-los.

incrível.