No filme Juno, vemos uma garota que ficou grávida na adolescência. Sem total planejamento a gravidez causa diversas complicações em sua vida. Fora das telas, a gravidez na adolescência também é uma realidade que afeta a sociedade brasileira.
Em primeiro plano, é possível observar a negligência estatal na falta de acesso fácil e gratuito a métodos contraceptivos nos hospitais e postos de saúde. Como consequência, jovens mulheres de baixa renda são privadas de autonomia e chance de escolha sobre seu planejamento familiar. Segundo dados do Sistema de informação dos nascidos vivos no Brasil, em 2020 cerca de 380 mil partos foram de mães com até 19 anos.
Ademais, a ausência de educação sexual nas escolas faz com que adolescentes não tenham as informações necessárias para evitarem uma gestação.Além disso, a falta de diálogo dos responsáveis em casa contribui para a manutenção do problema.
Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Deve o Ministério da Saúde disponibilizar preservativos, pílulas anticoncepcionais, injeções e DIU para que as mulheres possam escolher qual método se adapta melhor com seu corpo. Deve também as escolas apresentarem aulas de educação sexual e palestras com a ajuda de médicos especialistas para explicarem e tirarem possíveis dúvidas sobre o tema. Assim, altera-se a realidade dessas adolescentes.