A educação tem papel fundamental na formação de indivíduos alfabetizados e intelectuais que serão a base para moldar uma sociedade funcional. Como afirma Nelson Mandela: " a educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo", isso enfatiza o seu papel transformador. Investir em um sistema educacional de qualidade é crucial para promover um bom desenvolvimento e a justiça social em qualquer sociedade. Nesse contexto, é oportuno apontar a negligência do governo brasileiro com relação ao investimento nesse ponto.
Tendo isso em observação, é possível reparar os efeitos disso no projeto de educação para jovens adultos- EJA, no qual o ensino é inferior e desleixado se comparado aos demais. Considerando que os alunos abdicam dos estudos devido à necessidade de se incluir no mercado de trabalho desde cedo e, não tem a possibilidade de frequentar aulas com uma qualidade melhor, em específico turnos ao dia, se faz necessário optar pelo EJA. A tentativa do projeto de inclusão é inegável, porém a forma em que foi posto em prática é ineficiente, ainda sim, promovendo desigualdade entre os sujeitos, onde é propício visualizar que o resultado de uma educação que oferece menos que o mínimo levou a um emprego inferior.
Ademais, é perceptível a ineficácia do Estado em demais projetos como, por exemplo, o "novo ensino médio" . Essa proposta busca incluir novas disciplinas ao ensino sem propor orientadores capacitados e familiarizados com o ramo, logo, são entregues aulas fúteis e de baixa qualificação devido a carência da estrutura profissional necessária para a área. Como pior dos casos, as matérias adicionais são priorizadas com relação as fundamentais e dessa forma, as que faziam parte do conhecimento mínimo tiveram sua carga reduzida. Baseando-se nisso, é possível perceber que a preparação educacional foi comprometida a falha.
Ainda examinando essa proposta, é permissível averiguar como a adoção desse método estimula corpos dóceis, maneira de ensino tradicional. Com o aumento da carga disciplinar, o indivíduo consome mais conteúdo e, consequentemente, o tempo que ele tem para exercitar sua interpretação pessoal sobre qualquer tema se torna reduzido. Segundo Zygmunt Bauman, "muita informação não significa sabedoria", o raciocínio do sociólogo demonstra como informações excessivas levam a pessoa a desconsiderar praticar sua percepção individual. Logo, gradativamente, o aluno assume o que lhe foi ensinado como sua opinião pessoal ao invés de construir uma visão autônoma.
Portanto, é indiscutível que se faz essencial a análise por parte da instituição governamental sobre a problemática que aflige o processo de alfabetização brasileira, sendo crucial buscar por opções novas de ensino que tenham melhor eficácia. De fato, o sistema tradicional foi eficientemente duradouro, entretanto carece de métodos adicionais que sejam capazes de possibilitar que o cidadão forme sua opinião, como a sugestão de Paulo Freire que já costuma ser praticada apesar de pouco se observar com relação a ela. Do mesmo sujeito, outra proposta de opção seria levar os estudos aqueles que não tem oportunidade de frequentar as escolas. O que tornaria isso uma possibilidade seria se aproveitar dos avanços tecnológicos e proporcionar aulas digitais, obviamente, com profissionais capacitados. A partir disso, os brasileiros verão o direito à educação de qualidade como uma realidade.