A constituição do Brasil determina que todos possuem direitos. Conquanto, ao analisar as implicações da arquitetura hostil no cenário brasileiro nota-se o descumprimento desse princípio constitucional. Isso ocorre porque existe uma falha governamental e exclusão social, aspectos que evidencia a urgência de discutir a problemática.
Sob essa perspectiva, percebe-se que as construções desfavoráveis são impulsionadas por falta de políticas públicas que solucione essa adversidade. Acerca disso, de acordo com o filósofo Inglês Thomas Hobbes, é dever do Estado proporcionar meios que auxiliem o progresso de toda sociedade. Tal concepção não se aplica a atual nação uma vez que exista a ausência de investimentos para a reversão desse estigma.
Ademais, convém frisar que a exclusão social é uma das maiores causadoras da desigualdade que contribui para a arquitetura hostil ao criar condições que populações mais vulneráveis enfrentam falta de acesso a espaços públicos e serviços básicos. Consequentemente, vê-se que a intolerância da sociedade se tornou um obstáculo para a separação das percepções e da arquitetura equivocada, uma vez que dissemina visões estereotipadas e marginalizadas desses cidadãos , impossibilitando a inclusão social nas relações.
Portanto, é essencial a atuação estatal e social para que tais empecilhos sejam superados, para isso o governo - orgão responsável por deliberar coesão da comunidade- deve implantar programas, como financiamento de ambientes seguros e suporte aos indivíduos, com intuito de reverter o desafio da aporofobia e arquitetura hostil.