A constituição federal de 1988, prevê em seu artigo 6° o direito a moradia como inerente a todo cidadão brasileiro. Conquanto, tal prerrogativa não tem se reverberado prática quando se observa a arquitetura hostil. Esse cenário antagônico é fruto tanto do descaso governamental, quanto da desigualdade social. Diante disso, tornar-se fundamental a discussão desses aspectos, a fim do pleno funcionamento da sociedade.
Em uma primeira análise, deve-se ressaltar a ausência de medidas governamentais para combater a arquitetura hostil. Nesse sentindo é notório o descaso estatal para com essa minoria atingida, visto que medidas não foram tomadas. Essa conjuntura, segundo os ideias do filósofo contratualista John Locke, configura-se como uma violação do "contrato social", já que o Estado não cumpre sua função de garantir que os cidadãos desfrutem de direitos indispensáveis como moradia.
Ademais, é imperativo ressaltar a desigualdade social como promotor desse problema. De acordo com o poeta e ativista Victor Hugo "O progresso roda constantemente sobre duas engrenagens. Faz andar uma coisa esmagando sempre alguém. Partindo desse pressuposto a desigualdade social é uma lacuna para que esse cenário se perpetue e se intensifique, contribuindo com esse quadro deletério.
Depreende-se, portanto, a necessidade de se combater esses obstáculos. Para isso, é imprescindível que o Governo Federal, por intermédio de políticas habitacionais disponibilizem locação social, e imóveis vazios a fim de abrigarem toda população em situação de rua e vulnerabilidade. Assim, se consolidará uma sociedade mais justa, onde o Estado desempenha corretamente seu "contrato social" tal como afirma John Locke