- 10 Ago 2023, 16:23
#120483
A República Federativa do Brasil é um Estado democrático cujo terceiro artigo de sua Carta Magna visa à sociedade livre, justa e solidária. Entretanto, os níveis de desigualdade são alarmantes e provam o insucesso do poder público no cumprimento das normas. Portanto, não é razoável que a marginalização de grupos sociais minoritários seja tratada com indiferença. Desse modo, as ações afirmativas - políticas públicas que pretendem reverter a situação histórica de discriminação são fundamentais para que os direitos individuais sejam amplamente exercidos.
Em primeiro lugar, é inegável que a discriminação e a desigualdade social são estruturais em nosso país. Segundo a visão meritocrática vigente, igualdade é tratar todos os cidadãos da mesma forma. Todavia, as ações partem da necessidade de ressignificação de justiça social, já que os indivíduos não têm as mesmas oportunidades devido a heranças de processos históricos distintos e à falta de investimento público em educação básica. Nesse sentido, insistir no princípio da meritocracia acarreta a reprodução das dissemelhanças, se considerarmos que a educação é o principal meio de ascensão social. Assim, deve-se fazer valer o principio de igualdade aristotélico o qual afirma que "deve-se tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais", insistindo em políticas afirmativas que busquem, a longo prazo, a igualdade social.
Em contrapartida, é imprescindível salientar que tais ações dividem opiniões e, às vezes, são mal vistas por parte da população. Pode-se afirmar que, frequentemente, essas opiniões são reflexo da falta de informações sobre o tema, pois, muitas vezes, os indivíduos relacionam políticas afirmativas apenas à questão das cotas universitárias, sem ter conhecimento sobre as demais ações e como elas são responsáveis pelo progresso social. A implementação de delegacias da mulher é um exemplo de ação afirmativa que ajuda a reduzir os casos de violência doméstica e feminicídio, visto que esses crimes são motivados pelo machismo ainda muito vigente na modernidade. Assim, as minorias devem ser levadas em consideração e, por isso, ações afirmativas são indispensáveis para atenuar os abismos entre as "castas" sociais.
Fica evidente, portanto, a necessidade de ações públicas que visem à equidade a fim de promover a efetivação das leis previstas pela Constituição Federal. Nesse âmbito, cabe aos ministérios o mapeamento das necessidades sociais para que se aja de forma precisa, criando políticas públicas eficazes que busquem sanar os abismos sociais para que se garanta a dignidade de cada brasileiro. Outrossim, as autoridades, em conjunto com a mídia e ongs, devem propagar o conhecimento com a finalidade de homogeneizar toda a população acerca das ações afirmativas a partir de campanhas publicitárias sobre importância de curar as mazelas do passado. Assim, caminharíamos para uma sociedade mais igualitária em que a igualdade aristotélica seria cada vez menos necessária.
Em primeiro lugar, é inegável que a discriminação e a desigualdade social são estruturais em nosso país. Segundo a visão meritocrática vigente, igualdade é tratar todos os cidadãos da mesma forma. Todavia, as ações partem da necessidade de ressignificação de justiça social, já que os indivíduos não têm as mesmas oportunidades devido a heranças de processos históricos distintos e à falta de investimento público em educação básica. Nesse sentido, insistir no princípio da meritocracia acarreta a reprodução das dissemelhanças, se considerarmos que a educação é o principal meio de ascensão social. Assim, deve-se fazer valer o principio de igualdade aristotélico o qual afirma que "deve-se tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais", insistindo em políticas afirmativas que busquem, a longo prazo, a igualdade social.
Em contrapartida, é imprescindível salientar que tais ações dividem opiniões e, às vezes, são mal vistas por parte da população. Pode-se afirmar que, frequentemente, essas opiniões são reflexo da falta de informações sobre o tema, pois, muitas vezes, os indivíduos relacionam políticas afirmativas apenas à questão das cotas universitárias, sem ter conhecimento sobre as demais ações e como elas são responsáveis pelo progresso social. A implementação de delegacias da mulher é um exemplo de ação afirmativa que ajuda a reduzir os casos de violência doméstica e feminicídio, visto que esses crimes são motivados pelo machismo ainda muito vigente na modernidade. Assim, as minorias devem ser levadas em consideração e, por isso, ações afirmativas são indispensáveis para atenuar os abismos entre as "castas" sociais.
Fica evidente, portanto, a necessidade de ações públicas que visem à equidade a fim de promover a efetivação das leis previstas pela Constituição Federal. Nesse âmbito, cabe aos ministérios o mapeamento das necessidades sociais para que se aja de forma precisa, criando políticas públicas eficazes que busquem sanar os abismos sociais para que se garanta a dignidade de cada brasileiro. Outrossim, as autoridades, em conjunto com a mídia e ongs, devem propagar o conhecimento com a finalidade de homogeneizar toda a população acerca das ações afirmativas a partir de campanhas publicitárias sobre importância de curar as mazelas do passado. Assim, caminharíamos para uma sociedade mais igualitária em que a igualdade aristotélica seria cada vez menos necessária.
Comentários
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COMPETÊNCIA 1: Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
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COMPETÊNCIA 2: Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
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COMPETÊNCIA 3: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
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COMPETÊNCIA 4: Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
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COMPETÊNCIA 5: Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
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