A constituição federal de 1988, afirma que todos os cidadãos têm direito a educação de qualidade. Entretanto, quando desrespeito ao ensino a distância esse bem-estar não se concretiza na prática, visto que o desempenho e a aprendizagem é mínima, devido a escassez da comunicação e interação dos alunos com os professores através do ensino a distância. Essa problemática está presente na sociedade brasileira, em razão da negligência governamental e da banalização do problema. Logo, é urgente que medidas sejam tomadas para resolver esse revés.

Sob tal ótica, é evidente que a negligência governamental é um entrave que amplia as consequências do ensino a distância. Para Paulo Freire, o patrono da educação brasileira, “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.” E o educador está certo, uma vez que a aprendizagem vai além do simples acesso ao conteúdo, destacando a importância da interação e do ambiente educacional para o desenvolvimento dos alunos. Porém, a educação a distância tem dificultado o desemprego e as oportunidades para a participação dos alunos nas escolas e universidades presencialmente, pois com o EAD (ensino a distância) os alunos têm menos interação com os demais alunos e professores, relaxando-os e privando-os de interações sociais, seminários para um bom desenho acadêmico e trabalhos em grupos para preparação da interação com o público, isso ocorre no Brasil, porque o governo está preocupado com outras áreas da economia, a exemplo das olimpíadas. Consequentemente, em função desses impasses, ocasionam na falta de vagas para ingressar em universidades públicas e privadas presenciais através do programa do governo Sisu e ProUni, além do aprendizado ser baixo para o corpo social que já tem uma taxa de analfabetismo alta.


Ademais, é notório que a banalização do problema intensifica as consequências do ensino a distância no Brasil. Para Hannah Arendt, quando uma situação hostil ocorre frequentemente as pessoas passam a vê-las como normais. Portanto, nota-se que a pensadora está correta, considerando que o ensino a distância se tornou tão normal que as pessoas não percebem as consequências presentes nesses obstáculos, como por exemplo a desvalorização do papel do professor no processo de ensino-aprendizagem, com a normalização do EAD, muitos passam a enxergar o docente apenas como um mediador de conteúdo digital, ignorando sua importância na construção do conhecimento e no acompanhamento individualizado dos alunos. Como consequência disso, pode resultar em uma menor valorização da profissão e em um ensino mais mecanizado, afastando a educação de sua função formativa e humanizadora. Desse modo, urge um planejamento para resolver esse empecilho.
Portanto, diante do que foi discutido, é necessária uma intervenção. Para isso, o Governo Federal, responsável pelo bem-estar social, deve investir na ampliação e valorização do ensino presencial, por meio de políticas públicas que garantam infraestrutura adequada e incentivos para a permanência dos estudantes nas escolas e universidades. Além disso, é essencial que campanhas de conscientização sejam promovidas para reforçar a importância do papel do professor no desenvolvimento educacional. Dessa forma, será possível mitigar os impactos negativos do ensino a distância e assegurar um aprendizado mais eficaz para os alunos brasileiros.