No romance "Torto Arado" o escritor contemporâneo Itamar Vieira Júnior, aborda as dificuldades de personagens afrodescendentes no Brasil rural, que enfrentam condições precárias e invisibilidade de seus direitos como produtores, enviesando como a bagagem histórica da escravidão, reflete na exclusão social e na desigualdade racial no mercado de trabalho, especialmente para aqueles que pertencem a comunidades periféricas e tradicionais.
Primeiramente, é preciso destacar o colonialismo Europeu e a disseminação de uma supremacia ranca no país, durante mais de trezentos anos de escravidão, criando uma divisão racial, permeada pela exploração e inferiorização da mão de obra africana. O estigma difundido através de cenário, ligado a esteriótipos, faz com que a diversidade seja ignorada ou vista como forma negativa nas empresas, dificultando o acesso de pessoas negras ao mercado de trabalho.
Ademais percebe-se a influência da falta do acesso adequado a educação básica e profissional a pessoas racializadas, como afirma o professor Luiz Carlos Bresser Pereira "O Brasil é um país desigual em razão de sua estrutura educacional". Por conseguinte, as barreiras sistêmicas impoem a população marginalizada salários abaixo da média dos brancos, e cargos de menor favorecimento.
Portanto, fica evidente a necessidade de incluir e valorizar a população negra, a partir do combate aos estigmas e a desvalorização racial. Com isso, o Ministério da Educação - principal organizador da educação no país - deve, com auxílio das mídias, divulgar programas de capacitação profissional, com cursos técnicos que atendam as demandas, afim de integrar pretos e pardos ao mercado de trabalho.