A comédia "Até que a sorte nos separe" retrata a história de uma família que após ganhar na loteria acaba perdendo sua fortuna com gastos desenfreados e consumismo hiperbólico. Analogamente à ficção, as transformações sociais do consumo na era digital no Brasil se configuram como grandes problemas, causados primordialmente pela deficiência do sistema educacional brasileiro e pela desigualdade social.
Inicialmente, o precário sistema educativo agrava ainda mais a situação. Nesse sentido, a falta de uma matéria sobre educação financeira impacta diretamente a população, uma vez que dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo apontam que oito em cada dez famílias brasileiras possuem dívidas, destacando a necessidade de um eficiente ensino monetário.
Outrossim, é notório destacar a grande desigualdade social que afeta o Brasil. Em vista disso, a má distribuição da renda influencia diretamente o poder de compra do brasileiro que, em conjunto a falta de conhecimento, é facilmente influenciado pela camada social dominante. Com isso, os mais pobres buscam ter um padrão de vida alto, o que não condiz com sua realidade e acaba trazendo prejuízos financeiros e até mentais. Tendo em vista os fatos apresentados, mostra-se necessário encontrar meios para reverter tal cenário.
Em suma, é dever do Estado em conjunto ao MEC e ao Ministério das Comunicações propor a conscientização da população acerca de sua realidade financeira, por meio de campanhas nas escolas e em canais televisivos, evitando assim o consumismo exacerbado. Desse modo, será possível evitar casos como o do filme relatado anteriormente, alcançando uma melhor realidade para todos os brasileiros.