No livro "Capitães da Areia", de Jorge Amado, é retratado um grupo de crianças abandonadas que vivem tendo que sobreviver. Semelhante a obra literária, no atua contexto social brasileiro, observam-se desafios para o enfrentamento de caminhos para promover a educação não violenta e o direito de brincar. Por certo a negligencia governamental, o abandono e a desigualdade social são fatores que favorecem esse quadro.
Percebe-se a princípio, que o descaso estatal possui íntima relação com o revés. Nessa ótica, de acordo com o filósofo Jhon Lock, configura-se como um rompimento do Contrato Social, já que o Estado não cumpre com sua função de garantir que todos desfrutem de seus direitos. Assim, devido á débil ação do Poder Público e á insuficiência de legislação, os impasses para acabar com educação violenta vivenciadas por aqueles que são abandonados e precisam se preocupar com o amanhã, ao invés de estarem sendo criança. dessa forma, é inadmissível que esse cenário continue a pendurar.
Ressalta-se, ademais, a situação de crianças de rua em que elas estão inseridas como impulsionadoras do problema. Nesse contexto segundo o escritor Ariano Suassuana, o Brasil é dividido em dois países distintos: o país dos privilegiados e o país dos despossuídos. Sob esse viés, grande parte dessas crianças vivem em condições precárias, por isso, tendem a aceitar qualquer coisa e realizam até mesmo trabalhos criminosos; o que faz com que as dificuldades para enfrentar essa problemática aumentem e tornem essas crianças cada dia mais adultas precoce perante o corpo social. Destarte, é imprescindível que haja mudança.
Infere-se, portanto, a necessidade de combater essa problemática no Brasil. Logo cabe ao Governo como Estatuto da Criança e do Adolescente, colocar em prática as leis e projetos sociais, por meio de petições e da criação de locais adequados para as crianças brincarem e também palestras em escolas para orientar aos pais na educação respeitosa, a fim de vencer os impasses enfrentados pela criação das crianças e garantir que passem a ser enxergado como crianças e não sofram mais com a educação violenta e a falta de brincar. Por conseguinte, uma sociedade mais longe da que é citada em "Capitães da Areia" será consolidada.