Segundo o escritor, Ariano Suassuna, é muito difícil vencer a injustiça secular que dilacera o Brasil em dois países distintos: o país dos privilegiados e o país dos despossuidos. No Brasil, as pessoas ricas sempre acharam uma forma de manterem as pessoas pobres afastadas, uma dessas formas é a arquitetura hostil que tem como objetivo impossibilitar o conforto para os moradores de rua, podendo ser considerado um ato desumano.
A arquitetura hostil pode se passar como um embelezamento para cidade, colocando divisórias de espaços nos bancos das praças ou podem ser mais visíveis como a instalação de objetos pontiagudos em bancos, degraus e parapeitos, essas modificações impedem que moradores de rua durmam em lugares vagamente confortáveis. O principal causador desta arquitetura é o governo por permitir a existência dessa arquitetura para agradar os ricos.
Visto que, ao longo da história brasileira, as pessoas ricas sempre se mostrando indiferentes com as pessoas pobres, é evidente que até os dias atuais os mesmos continuam a expelir os que são desprovidos de dinheiro e, por este motivo, defendem essa exclusão alegando que espacos públicos não são lugar para vadiagem, como foi o caso de um prédio em Copacabana que instalou "chuveirinho" na marquise para molhar os mendigos que tentassem dormir no local, diante do exposto é inegável que o preconceito social incentiva a arquitetura hostil.
Ademais, é necessário que o Conselho Nacional dos Direitos Humanos crie um movimento que tenha como objetivo abolir a arquitetura hostil, por meio de protestos e campanhas para conscientizar a população sobre os malefícios que essa arquitetura causa para os moradores de rua, pois, se grande parte da população brasileira estiver unida contra esta prática, o governo não terá escolha à não ser banir a arquitetura hostil. Desta forma a arquitetura hostil será extinta no Brasil.