- 21 Mai 2024, 23:02
#129817
O conceito de cidadania, que remonta às antigas polias-gregas, relaciona-se com o conjunto de direitos e deveres que um indivíduo goza ao pertencer a determinado Estado. Lamentavelmente, ainda hoje, pessoas de baixa renda vivem uma situação de exclusão digital, o que dificulta o acesso à cidadania por parte desse grupo populacional. Com efeito, é imprescindível um debate e a proposição de soluções a essa problemática existente no Brasil, tendo em vista suas causas de ordem estatal e social.
Primordialmente, é importante destacar a insuficiente ação do Estado perante o problema. Nesse sentido, segundo o filósofo renascentista Nicolau Maquiavel, o principal objetivo do governante reside na manutenção do poder - e não na promoção do bem comum. A reflexão do pensador ecoa no analfabetismo digital, na medida em que esses indivíduos não tem considerável representação no pleito eleitoral e são uma minoria invisível à maior parte desse corpo social. Por conseguinte, escassas medidas são efetuadas pelos governantes para que a alfabetização digital venha se matizar, já que tais ações não lhe garantiriam um aumento considerável no número de votos em futuras eleições e consequentemente, pouco auxiliaria na manutenção do poder destes políticos, confirmando a reflexão que Maquiavel trouxe ainda no renascimento.
Ademais, é válido salientar a omissão social diante dessa realidade. Nesse âmbito, a filósofa Hanna Arendt, em sua teoria de "Banalidade do mal", sustenta que a sociedade se cala perante determinados problemas sociais, o que acaba por naturalizar situações problemáticas. Sob esse viés, é notório a incidência do pensamento de Arendt na situação das pessoas de baixa renda, já que a minoria da sociedade enxerga a exclusão digital dessa minoria como algo banal e de pouca importância, com escassas discussões acerca desse tema no cotidiano. Com isso, há poucas pressão social do governo para mudança desse paradigma e, segundo a linha filosófica de Arendt verifica-se a banalização do mal sofrido por esses cidadãos.
Diante do exposto, denota-se a urgência de propostas governamentais que alterem esse quadro. Portanto, para o fim da problemática de exclusão digital, além de campanhas de conscientização à sociedade, o Estado deve investir em infraestruturas de acesso em regiões menos desenvolvidas, os quais devem seguir o Índice de Acesso Digital ( IAD) - que mede a capacidade global dos cidadãos para acesso digital. Tal verba pode ser angariada com redirecionamento de recursos, por exemplo, do Fundo Eleitoral para esse projeto, a fim de que a acessibilidade e o acesso á cidadania estejam em leno alcance de todos os brasileiros.
Primordialmente, é importante destacar a insuficiente ação do Estado perante o problema. Nesse sentido, segundo o filósofo renascentista Nicolau Maquiavel, o principal objetivo do governante reside na manutenção do poder - e não na promoção do bem comum. A reflexão do pensador ecoa no analfabetismo digital, na medida em que esses indivíduos não tem considerável representação no pleito eleitoral e são uma minoria invisível à maior parte desse corpo social. Por conseguinte, escassas medidas são efetuadas pelos governantes para que a alfabetização digital venha se matizar, já que tais ações não lhe garantiriam um aumento considerável no número de votos em futuras eleições e consequentemente, pouco auxiliaria na manutenção do poder destes políticos, confirmando a reflexão que Maquiavel trouxe ainda no renascimento.
Ademais, é válido salientar a omissão social diante dessa realidade. Nesse âmbito, a filósofa Hanna Arendt, em sua teoria de "Banalidade do mal", sustenta que a sociedade se cala perante determinados problemas sociais, o que acaba por naturalizar situações problemáticas. Sob esse viés, é notório a incidência do pensamento de Arendt na situação das pessoas de baixa renda, já que a minoria da sociedade enxerga a exclusão digital dessa minoria como algo banal e de pouca importância, com escassas discussões acerca desse tema no cotidiano. Com isso, há poucas pressão social do governo para mudança desse paradigma e, segundo a linha filosófica de Arendt verifica-se a banalização do mal sofrido por esses cidadãos.
Diante do exposto, denota-se a urgência de propostas governamentais que alterem esse quadro. Portanto, para o fim da problemática de exclusão digital, além de campanhas de conscientização à sociedade, o Estado deve investir em infraestruturas de acesso em regiões menos desenvolvidas, os quais devem seguir o Índice de Acesso Digital ( IAD) - que mede a capacidade global dos cidadãos para acesso digital. Tal verba pode ser angariada com redirecionamento de recursos, por exemplo, do Fundo Eleitoral para esse projeto, a fim de que a acessibilidade e o acesso á cidadania estejam em leno alcance de todos os brasileiros.