O filme “Escritores da Liberdade” evidencia que a educação é instrumento essencial de transformação social, ao permitir romper ciclos de desigualdade e exclusão. No entanto, a falta de políticas públicas eficazes e a desigualdade educacional perpetuam a evasão escolar no Brasil.
Em primeiro plano, evidencia-se a carência de políticas estatais voltadas a essa população. Segundo Émile Durkheim, em sua obra “O Fato Social”, o indivíduo tende a replicar as ações comumente vistas em seu meio. Dessa forma, nota-se que o comportamento do brasileiro corrobora o pensamento do sociólogo, visto que, diante da escassez de exemplos por parte do governo, o povo tende ao abandono escolar.
Ademais, destaca-se a discrepância educacional entre escolas públicas e privadas, reforçando o abismo social no país. Tal disparidade decorre da má distribuição de recursos e da desigualdade regional que marca o sistema didático brasileiro. Segundo Pierre Bourdieu, a escola tende a reproduzir a diferença social ao valorizar o capital cultural das classes dominantes, o que limita a formação de mão de obra qualificada e reduz a mobilidade da sociedade.
Torna-se, portanto, imprescindível a intervenção neste cenário conflituoso. Assim, o Ministério da Educação, em parceria com as secretarias estaduais, deve ampliar programas de permanência escolar e investir na valorização docente, por meio da destinação adequada de recursos e do acompanhamento psicológico aos estudantes. Essa medida visa reduzir a evasão e promover a equidade no acesso à educação de qualidade. Desse modo, será possível formar cidadãos críticos e conscientes, tal como em “Escritores da Liberdade”, em que a educação transforma realidades.