Em primeiro lugar, figura o desconhecimento da população sobre o tema. Para Platão, "a parte que ignoramos é muito maior do que tudo quanto sabemos." De fato, há uma ignorância generalizada sobre a violência obstétrica, uma vez que muitas mulheres não reconhecem seus direitos durante a assistência ao parto, o que contribui para a perpetuação de abusos. Por consequência, essa falta de conhecimento pode levar à aceitação passiva de práticas abusivas, como episiotomias sem consentimento ou a realização de cesarianas desnecessárias. Além disso, o medo de represálias impede que mulheres denunciem esses abusos, perpetuando um ciclo de violência.
Além disso, a negligência do poder público é preocupante. A teoria das instituições zumbis, de Bauman, critica a ineficácia das instituições na sociedade contemporânea. Tal fragilidade é nítida no papel do Estado frente à violência obstétrica, visto que políticas públicas eficazes para garantir o respeito e a dignidade das mulheres no parto ainda são escassas. Isso acarreta uma continuidade dos casos de violência, gerando uma sensação de impunidade para os profissionais da saúde que cometem abusos.
Portanto, uma intervenção é necessária. Para isso, o governo deve criar uma agenda específica para combater a violência obstétrica, por meio de uma lista de ações públicas que incluam campanhas educativas, capacitação de profissionais de saúde e fiscalização rigorosa das instituições de saúde. Além disso, é fundamental promover o diálogo com as mulheres, entendendo suas reais necessidades e preocupações. Dessa forma, será possível vislumbrar uma realidade menos cruel, onde as mulheres possam ser tratadas com respeito e dignidade durante um dos momentos mais importantes de suas vidas.
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C1 norma-padrão
Você atingiu aproximadamente 80% da pontuação prevista para a Competência 1, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita, ou seja, apresenta um texto com boa estrutura sintática, com poucos desvios de pontuação, de grafia e de emprego do registro exigido.
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C2 Compreensão da proposta
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 2, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo, ou seja, em seu texto, o tema é desenvolvido de modo consistente e autoral, por meio do acesso a outras áreas do conhecimento, com progressão fluente e articulada ao projeto do texto.
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C3 seleção de argumentos
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 3, atendendo aos critérios definidos a seguir. Em defesa de um ponto de vista, o texto apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema proposto, de forma consistente e organizada, configurando autoria, ou seja, os argumentos selecionados estão organizados e relacionados de forma consistente com o ponto de vista defendido e com o tema proposto, configurando-se independência de pensamento e autoria.
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C4 construção de argumentos
Você atingiu aproximadamente 80% da pontuação prevista para a Competência 4, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante articula as partes do texto com poucas inadequações e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos.
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C5 Proposta de Intervenção
Você atingiu aproximadamente 60% da pontuação prevista para a Competência 5, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante elabora, de forma mediana, pouco consistente, proposta de intervenção relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto.
O texto apresenta um bom domínio da norma-padrão, mas alguns erros gramaticais, como "a continuidade dos casos de violência" que poderia ser melhor estruturado. Para melhorar a coesão e coerência, considere usar mais conectores entre os parágrafos para guiar o leitor na transição das ideias. Na proposta de intervenção, detalhar mais sobre o "agente", como quem será responsável pela fiscalização das instituições de saúde, tornaria a ação mais concreta e clara. Por exemplo: "o governo deve criar uma comissão composta por profissionais da saúde e representantes da sociedade civil para fiscalizar..."
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