A pensadora brasileira Djamila Ribeiro, defende que o primeiro passo a ser tomado para solucionar uma questão é tirá-la da invisibilidade. No entanto, o que se vê na atualidade contemporânea é o oposto do que a autora prega, uma vez em que a irresponsabilidade da sociedade no que se concerne aos caminhos para combater o tráfico de pessoas no Brasil é mínimo. Desse modo, diversos fatores contribuem para o agravamento da situação, como a desigualdade social e a lacuna familiar.
Nessa linha de raciocínio, é primordial destacar que a carência de investimentos em segurança, deriva da ineficácia do Poder Governamental, no que diz respeito a criação de mecanismos, que coíbam tais recorrências. Conforme a Constituição Federal de 1988, todo cidadão tem direito à proteção, como assegura o artigo 6º, entretanto devido à baixa atuação das autoridades e a falta de investimentos, legislação e verbas para a sociedade, se cria uma lacuna para que grandes problemas se desenvolvam. Segundo Papa Francisco, “os direitos humanos são violados não só pelo terrorismo, a repressão, os assassinatos, mas também pela existência de extrema pobreza e estruturas econômicas injustas, que originam as grandes desigualdades.” Dessa forma, faz-se mister a reformulação dessa postura estatal, urgente.
Ademais, é imprescindível ressaltar a lacuna familiar como causadora dessa problemática. No filme Amor de Redenção, a personagem principal Angel é vendida por seu pai para uma casa de prostituição, o negócio acontece pautado na ignorância do pai por questões financeiras, essa conjuntura pode ser observada nos tempos atuais, por ser uma das atividades ilegais mais lucrativas do mundo. Em virtude disso, cabe ao Governo resolver esse problema acerca do tráfico de pessoas.
Portanto, mudanças são necessárias para alterar essa realidade. É preciso que o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania promova campanhas de proteção e segurança. Tal ação pode ser feita por meio de documentários divulgados nos meios de comunicação - televisão, redes sociais ou até mesmo em locais públicos com panfletos de cuidados a serem tomados, a fim de instigar o tráfico de pessoas. Além disso, é necessário que o Estado juntamente com as prefeituras dos municípios realizem projetos sociais, com o apoio de profissionais e o auxílio financeiro, com o objetivo de ajudar a população a identificar e reportar casos de pessoas em situação de tráfico. Posto isso, espera-se solucionar essa questão, pois será retirada do cenário de invisibilidade como propõe Djamila.