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Por lizandrak
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Centro Paula Souza, ETEC, SENAC e SEBRAE, são inúmeras as instituições que oferecem o acesso a um ensino técnico de qualidade e acessível, permitindo o primeiro ingresso no mercado de trabalho. Entretanto, ainda se faz necessário planejar estratégias a fim de um maior reconhecimento e valorização dos profissionais de nível técnico, tendo em vista a supervalorização do ensino superior e a percepção equivocada de inferioridade do profissional técnico.
De início, é necessário destacar que há uma supervalorização cultural do ensino superior desde o surgimento das primeiras universidades brasileiras, devido a influência da nobreza portuguesa de enviar seus filhos para as universidades, estabelecendo assim uma relação ´faculdade-status’. Tal situação pode ser comprovada pelos maiores escritores da literatura brasileira como José de Alencar e Carlos Drummond. Sendo assim, é notório como a superestimação é cultural.
Da mesma forma, há uma equivocada percepção que o profissional técnico é inferior ao graduado, que este desempenha um serviço de menor importância, o que não é verdade. Nos hospitais, por exemplo, têm os técnicos de enfermagem e os enfermeiros, e ambos desempenham funções diferentes, importantes e complementares para o cuidado hospitalar, sendo a assistência do técnico indispensável para a saúde do paciente.
Portanto, conclui-se que para a obtenção do reconhecimento do técnico é necessário descontinuar a já ultrapassada influência portuguesa da relação ‘faculdade-status’, assim como desmistificar a errônea inferioridade do nível técnico; a partir de uma conscientização coletiva estimulada pelo Ministério da Educação, para que assim os técnicos sejam enfim valorizados.
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